Biden diz esperar cessar-fogo em Gaza até a próxima segunda-feira
O confronto na Faixa de Gaza se intensificou após 7 de outubro de 2023, quando membros dos Hamas invadiram o território de Israel
atualizado
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou, nesta segunda-feira (26/2), que espera um cessar-fogo na Faixa de Gaza até a próxima segunda (4/3). O líder norte-americano defendeu que as negociações estão se aproximando de um acordo para interromper as ações militares na região.
“Espero que até o final do fim de semana”, disse Biden quando questionado sobre o possível cessar-fogo. “Meu conselheiro de segurança nacional me disse que estamos perto. Estamos perto. Ainda não terminamos. Minha esperança é que na próxima segunda-feira teremos um cessar-fogo”, destacou o presidente dos Estados Unidos.
As declarações do líder norte-americano aconteceram em uma sorveteria de Nova York, após um evento político na mesma cidade.
Cessar-fogo
Representantes do grupo Hamas, Israel, Catar, Egito e Estados Unidos estão reunidos na França, para discutir os termos para um cessar-fogo na Faixa de Gaza. O encontro começou na última semana.
A discussão começou após Israel anunciar ataques aéreos e terrestres contra Rafah, cidade ao extremo sul de Gaza que abriga mais de 1 milhão de palestinos que tentam fugir dos confrontos.
O governo de Benjamin Netanyahu chegou a pedir para que os civis deixem Rafah, mas não especificou ou apresentou detalhes para onde eles poderão ir. A fronteirada cidade com o Egito é a porta de entrada de suprimentos básicos para os palestinos que ainda estão na região.
Conselho de Segurança da ONU
Com o aumento das tensões, o cessar-fogo esteve nas principais reuniões do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). No entanto, tem sido alvo de vetos da representante norte-americana no Conselho, Linda Thomas-Greenfield.
Os EUA vetaram três resoluções do Conselho de Segurança sobre a guerra na Faixa de Gaza. A medida freou a exigência de um cessar-fogo humanitário para socorrer os feridos civis na região.
Linda Thomas-Greenfield apresentou veto para a resolução do Brasil, Emirados Árabes Unidos e da Argélia, discutida na última terça-feira (20/2).
Aumento das tensões
O conflito na Faixa de Gaza se intensificou depois que membros do Hamas invadiram o território de Israel, em 7 de outubro de 2023. Na época, o grupo matou mais de 1,2 mil pessoas e fizeram outras 240 como reféns.
Em resposta a ação do grupo extremista, as Forças Armadas de Israel ampliaram as ofensivas aéreas e terrestres na Faixa de Gaza, com o intuito de eliminar o Hamas e resgatar os reféns israelenses.
Desde então, a Faixa de Gaza registrou mais de 28 mil vidas perdidas durante os bombardeios e excursões terrestres. Os números são apresentados pelo Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.