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Biden defende democracia e condena guerra na Ucrânia: “Massacre”

Presidente dos EUA fez duras críticas ao conflito no Leste Europeu e reafirmou a necessidade de “liberdade”

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Tanque de guerra russo controlando Mariupol, na Ucrânia - Metrópoles
1 de 1 Tanque de guerra russo controlando Mariupol, na Ucrânia - Metrópoles - Foto: Stringer/Anadolu Agency via Getty Images

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um discurso reflexivo aos soldados americanos que integram a  Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Na Polônia, o chefe da Casa Branca defendeu a democracia e condenou o que chamou de “massacre” na Ucrânia.

Nesta sexta-feira (25/3), Biden falou que o mundo vive uma luta entre a democracia e a autocracia. “Os autocratas não querem um consenso”, declarou.

O líder norte-americano ponderou que daqui a 10 anos “estaremos diferentes” e que devemos fazer uma escolha. “As democracias vão prevalecer ou as autocracias vão prevalecer?”, frisou.

Biden fez duras críticas ao conflito no Leste Europeu e reafirmou a necessidade de “liberdade”. “É um momento perigoso há pessoas sofrendo na Ucrânia”, concluiu.

O presidente demonstrou otimismo na resolução do conflito. “Vivemos um momento de virada”, resumiu.

A visita à Polônia ocorre após a participação do norte-americano na reunião emergencial da Otan nessa quinta-feira (24/3) — exatamente um mês após o início da invasão russa. Biden está em Rzeszow, cidade fronteiriça com a Ucrânia.

A viagem desta sexta-feira é emblemática. O país faz fronteira com a Ucrânia, nação invadida pela Rússia, e é integrante da aliança militar.

A tensão nos arredores da Polônia ficou maior na última semana com o primeiro bombardeio a Lviv. O ataque deixou o mundo em alerta.

Como a cidade é próxima da Polônia, país integrante da Otan, se a investida seguir e de alguma forma atingir alvos de nações amigas da Ucrânia, mesmo que não intencionalmente, isso poderia fazer o conflito escalar dramaticamente.

Mais tropas

A guerra chega ao segundo mês com aumento de 100% nas tropas da Otan que estão na região onde o conflito ocorre. Vale ressaltar que os soldados não estão no combate na Ucrânia, país invadido pela Rússia, em 24 de fevereiro, mas em países próximos, a postos para qualquer escalada que faça o combate se alastrar.

O Metrópoles chegou à conclusão após análises de dados divulgados pela instituição antes do conflito e com as mais recentes atualizações.

A presença militar na região era de 20 mil soldados antes do começo do conflito. Na quinta-feira (24/3), após reunião de cúpula, em Bruxelas, na Bélgica, a Otan confirmou que o efetivo atual chegou a 40 mil. Polônia, Lituânia, Letônia e Estônia concentram o maior volume de militares.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

 

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