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Biden: “Confronto direto entre Otan e Rússia é a 3ª Guerra Mundial”

Nesta 6ª feira (11/3), em pronunciamento transmitido ao vivo pela tevê, Biden fez alerta dramático sobre eventual escalada no Leste Europeu

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Joe Biden, presidente dos Estados Unidos. Ele usa terno escuro e camiseta clara. Ele tem cabelos brancos- Metrópoles
1 de 1 Joe Biden, presidente dos Estados Unidos. Ele usa terno escuro e camiseta clara. Ele tem cabelos brancos- Metrópoles - Foto: Spencer Platt/Getty Images

Ao participar de um evento do Partido Democrata, na Filadélfia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, mandou duros recados ao mandatário russo, Vladimir Putin.

Nesta sexta-feira (11/3), em pronunciamento transmitido ao vivo pela tevê, Biden foi categórico ao condenar o conflito no Leste Europeu e alertou paras as consequências de uma eventual escalada da guerra para outros países.

“Quero ser claro: defenderemos cada centímetro do território da Otan, mas não vamos travar uma guerra contra a Rússia na Ucrânia. Um confronto direto entre a Otan e a Rússia é a 3ª Guerra Mundial. E algo que devemos nos esforçar para evitar.

Veja quais são as maiores potências nucleares do mundo

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Segundo o Boletim de Cientistas Atômicos, atualmente, a Rússia concentra quase 6 mil ogivas nucleares, a maior quantia do mundo. Para os especialistas, o país sob comando de Vladimir Putin tem arsenal bélico avassalador
Os Estados Unidos concentram aproximadamente 5.550 ogivas nucleares e também são uma grande potência militar. Foi o único país do planeta a usar armas nucleares em combate e, atualmente, mantém bombas gravitacionais nucleares em países da Otan
Concentrando cerca de 350 armas nucleares, a China está em terceira colocação no ranking de potências nucleares. Segundo dados divulgados pelo Pentágono, o país asiático tem avançado no poderio bélico e, hoje, é referência na tríade nuclear “nascente” (misseis com capacidade de serem lançados pelo ar, pela terra e pelo mar)
Com um dos exércitos mais poderosos do mundo, a França tem posse de aproximadamente 290 artefatos nucleares
Com armamento nuclear próprio, o Reino Unido concentra, hoje, cerca de 225 armas nucleares e tem dissuasor nuclear independente
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Em pronunciamento sobre a guerra travada entre Rússia e Ucrânia, o chefe da diplomacia do ex-país soviético fez comentários sobre o uso de armas nucleares. Na fala, ele alertou para uma possível Terceira Guerra Mundial, “nuclear e devastadora”

Rob Atkins/ Getty Images
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Segundo o Boletim de Cientistas Atômicos, atualmente, a Rússia concentra quase 6 mil ogivas nucleares, a maior quantia do mundo. Para os especialistas, o país sob comando de Vladimir Putin tem arsenal bélico avassalador

Vyacheslav Argenberg/ Getty Images
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Os Estados Unidos concentram aproximadamente 5.550 ogivas nucleares e também são uma grande potência militar. Foi o único país do planeta a usar armas nucleares em combate e, atualmente, mantém bombas gravitacionais nucleares em países da Otan

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Concentrando cerca de 350 armas nucleares, a China está em terceira colocação no ranking de potências nucleares. Segundo dados divulgados pelo Pentágono, o país asiático tem avançado no poderio bélico e, hoje, é referência na tríade nuclear “nascente” (misseis com capacidade de serem lançados pelo ar, pela terra e pelo mar)

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Com um dos exércitos mais poderosos do mundo, a França tem posse de aproximadamente 290 artefatos nucleares

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Com armamento nuclear próprio, o Reino Unido concentra, hoje, cerca de 225 armas nucleares e tem dissuasor nuclear independente

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Por não participar do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares e do Tratado de Não Proliferação, o Paquistão tem expandido cada vez mais o arsenal nuclear. Com aproximadamente 165 ogivas, o país asiático é uma das maiores potências nucleares da atualidade

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Vizinha do Paquistão, a Índia também não participa do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares e do Tratado de Não Proliferação. Atualmente, o país concentra aproximadamente 156 armas de destruição em massa

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Concentrando aproximadamente 90 armas nucleares, Israel pode ser considerado uma das novas potências nucleares mais sofisticadas do planeta

Storvandre Photography/ Getty Images
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Apesar de ser um país que tenta manter informações sobre sigilo, principalmente se tratando de desenvolvimento armamentício, estima-se que a Coreia do Norte tenha cerca de 50 armas de destruição em massa

Divulgação

 

“Não queremos a Terceira Guerra Mundial. Se tocarem nos países da Otan, vamos responder”, frisou o norte-americano.

A Otan é um grupo de 28 países criados após a Guerra Fria para fortalecer a defesa e a segurança de nações do ocidente. O desejo da Ucrânia de fazer parte da entidade militar foi usado como razão pela Rússia para desencadear o conflito no Leste Europeu.

Antes, Biden decretou novas sanções econômicas contra a Rússia. Agora, os norte-americanos não poderão comprar bebidas (como vodka), pescados (como o caviar) e pedras preciosas (como diamantes) russos.

Biden adiantou que novas penalidades são estudadas. “A situação da economia russa piora a cada dia. A Bolsa de Valores vai colapsar quando abrir”, frisou Biden. A Bolsa de Moscou está fechada há duas semanas.

Os americanos já haviam proibido a compra de petróleo russo, o que desestabilizou o mercado internacional e foi considerada a sanção mais dura até agora.

Aceno à paz

Após sucessivas trocas de acusações sobre a guerra, os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, fizeram discursos semelhantes nesta sexta-feira — 16º dia de conflito. A inédita consonância de falas não é uma declaração de cessar-fogo, mas indica que os dois países tentam – ou pelo menos dizem tentar – entrar em um acordo de paz.

No Kremlin, sede do governo russo, Putin afirmou que houve “algum progresso” nas negociações de Moscou com a Ucrânia, mas não deu mais detalhes. “Há certas mudanças positivas, dizem-me os negociadores do nosso lado”, explicou o mandatário em uma reunião com o presidente da Belarus, o ditador Alexander Lukashenko.

Do lado ucraniano da história, Zelensky avaliou, em pronunciamento gravado, que a guerra está em um ponto de “virada estratégica”. Segundo o chefe de Estado da Ucrânia, ainda é preciso tempo e paciência para alcançar a vitória.

Outro ponto de concordância é o processo de conversas entre os dois países. Os líderes admitiram que as negociações continuam. Putin foi além e acrescentou que elas ocorrem “diariamente”.

“Estou convencido de que vamos defender a liberdade”, assinalou Zelensky ao discursar no parlamento polonês.

O mundo acompanha os desdobramentos das conversas entre russos e ucranianos. Nesta sexta-feira, a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Haris; o presidente francês, Emmanuel Macron; a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; e o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, discutiram a guerra.

Para o leitor entender o que impede o acordo de paz, o Metrópoles listou as exigências de cada país na negociação de um cessar-fogo.

Vejas as condições russas:

  • Ucrânia se render militarmente;
  • Mudar a Constituição garantindo que nunca irá fazer parte da Otan;
  • Desistir de integrar a União Europeia;
  • Reconhecer a região da Crimeia, anexada em 2014, como território russo;
  • E reconhecer a independência de Donetsk e Lugansk.

Veja as condições ucranianas:

  • Criar e respeitar corredores humanitários de fuga;
  • Cessar-fogo imediato;
  • Retirar as forças russas da Ucrânia.

A evolução no tom dos discursos ocorre um dia após uma malsucedida reunião entre os chefes da diplomacia russa, Sergey Lavrov, e ucraniana, Dmytro Kuleba.

Na quinta-feira (10/3), Lavrov reclamou do fornecimento de armas de países do Ocidente para a Ucrânia. Kuleba acusou a Rússia de planejar o ataque ao país e de dificultar as negociações e o socorro aos feridos. Três reuniões de acordo terminaram sem sucesso.

Clique aqui e veja a cobertura completa da guerra na Ucrânia. 

A negociação geopolítica ocorre enquanto cidades inteiras estão sem água, energia e aquecimento. Bombardeios a hospitais e áreas residenciais se intensificaram. Rotas humanitárias de fuga são desrespeitadas.

Ao todo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 2,5 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia. Em Kiev, capital da Ucrânia e coração da política, metade dos habitantes fugiu.

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