Biden acusa Trump de linguagem nazista e ameaça à democracia
Durante 1º discurso do ano eleitoral, Biden ainda lembrou sobre a invasão do Capitólio, que completa três anos neste sábado (6/1)
atualizado
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, acusa Donald Trump de usar linguagem “nazista” e estar “disposto a sacrificar a democracia para voltar ao poder”. As palavras foram ditas em discurso nesta sexta-feira (5/1) na Pensilvânia.
“Ele fala sobre o envenenamento do sangue dos americanos, ecoando exatamente a mesma linguagem usada na Alemanha nazista (…) Ele está disposto a sacrificar nossa democracia e colocar-se no poder”, afirmou Biden.
As falas ocorrem na véspera do aniversário de três anos da invasão do Capitólio por apoiadores de Trump. Biden aproveitou o tema para destacar a participação do ex-presidente no evento.
Segundo o democrata, “pela primeira vez na história, insurrecionistas tentaram impedir a certifição das eleições”. Ele ainda afirmou que o ex-presidente instigou a multidão a invadir o Capitólio, dizendo que estaria “lado a lado com seus apoiadores”, mas, “como sempre, deixou o trabalho duro para os outros”.
Biden também aproveitou o momento para criticar o fato de Trump não ter tomado nenhuma ação para que os apoiadores parassem a invasão.
“Ele recuou para a Casa Branca ,enquanto a América era atacada por dentro. A nação inteira assistiu com horror. O mundo inteiro assistiu sem acreditar, e Trump não fez nada”, comentou.
Biden alegou que a campanha do ex-presidente republicano é “sobre ele, não, você; obcecada pelo passado, não pelo futuro”. Segundo o presidente americano, a democracia é questão central das eleições de 2024.
“A defesa, proteção e preservação da democracia permanecerão como causa central da minha Presidência. A sua liberdade estará na votação”, destacou Biden.
O discurso desta sexta marca o início da corrida eleitoral para a Presidência dos EUA, em 2024, além de ser a primeira aparição pública de Biden neste ano.
Na segunda-feira (8/1), Biden viajará para Charleston, na Carolina do Sul, a fim de discursar na Igreja Mother Emanuel AME, igreja pertecente à comunidade negra, e local do massacre de 2015, onde nove pessoas morreram após um homem armado abrir fogo contra um grupo de negros, durante estudos bíblicos.