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Barrados na pandemia, brasileiros se preparam para visitar Terra Santa

A retirada do Brasil da lista de países cujos viajantes não poderiam ingressar em Israel faz parte do processo de reabertura para turistas

atualizado

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Carolina Rizzo/Especial Metrópoles
Ponto turístico em Jerusalém: ainda há limites
1 de 1 Ponto turístico em Jerusalém: ainda há limites - Foto: Carolina Rizzo/Especial Metrópoles

Jerusalém (Israel) – Já é tradição: pelo menos uma vez por ano, o pastor Mayton Ferreira da Silva viaja para Israel. Por causa da pandemia, ele precisou adiar os planos em 2020, mas começou a arrumar as malas para o dia 5 de dezembro, quando poderá, enfim, embarcar novamente rumo à Terra Santa. “Eu estou superanimado em voltar a Jerusalém. É uma alegria enorme para quem ama, a saudade é enorme”, conta.

Mayton diz que aguardou pacientemente até que outros países onde pudesse fazer conexão também abrissem as fronteiras e aceitassem as vacinas aplicadas no Brasil. Agora, ele se prepara para viajar com um grupo pequeno, de sete pessoas. “Não nos consideramos turistas, mas peregrinos”, explica.

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Pastor Mayton costumava viajar uma vez por ano a Israel
Mayton já está com passagem marcada para a Terra Santa em dezembro
Grupo é acompanhado pelo pastor Mayton: reabertura das fronteiras em Israel
Miri Henis, guia de turismo, sofreu com o fechamento das fronteiras de Israel
Jerusalém, em Israel, são alguns dos lugares que estão na lista de países favoritos para um destination wedding
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Valmir com grupo: cenário econômico também está sendo um problema

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Pastor Mayton costumava viajar uma vez por ano a Israel

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Mayton já está com passagem marcada para a Terra Santa em dezembro

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Grupo é acompanhado pelo pastor Mayton: reabertura das fronteiras em Israel

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Miri Henis, guia de turismo, sofreu com o fechamento das fronteiras de Israel

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Jerusalém, em Israel, são alguns dos lugares que estão na lista de países favoritos para um destination wedding

Carolina Rizzo/Especial Metrópoles

Sepulcro vazio: turismo em Jerusalém sofre com a pandemia. Veja vídeo

Dando adeus à quarta onda do novo coronavírus, no dia 1º de novembro, Israel abriu as portas aos turistas individuais vacinados. Segundo dados do Ministério da Saúde de Israel, na segunda-feira (8/11), havia 164 casos graves de Covid-19 no país, contra 750 há um mês.

Às vésperas da reabertura, o Ministério da Saúde de Israel emitiu um comunicado afirmando que “mais uma vez, turistas de todo o mundo podem fazer suas reservas e desfrutar dos produtos turísticos únicos, variados e seguros que Israel tem a oferecer”.

A reabertura do país foi uma ótima notícia também para a guia de turismo Miri Henis, que recebeu o último grupo no distante fevereiro de 2020. “O país foi de 4,2 milhões de turistas por ano para zero. Um choque tremendo! Graças a Deus, não sobrevivo apenas do meu trabalho com o turismo. Tenho meu marido, que trabalha, recebo um auxílio-desemprego e também sou terapeuta holística”, explica.

A guia também conta que muitos grupos de brasileiros já estão se organizando para ir no ano que vem, e diz que os pedidos de cotação para as viagens não param de chegar. “À medida que a vacinação no Brasil vai aumentando, aumentam as chances de os turistas virem”, comemora.

Gargalos

Por outro lado, Miri relata que ainda existem alguns empecilhos para a ida de turistas, como a proibição de crianças e bebês, que ainda não estão sendo vacinados. “Isso é um problema, porque grupos de evangélicos, por exemplo, costumam batizar seus bebês no rio Jordão”, lamenta.

Para a guia, a exigência da vacinação em até 180 dias também atrapalha. “Não são todos os países que estão aplicando a terceira dose. Isso já fez com que quatro grupos meus fossem cancelados”, reclama.

O empresário Valmir Ribeiro da Silva, proprietário da JVM Turismo, agência especializada em viagens a Israel, explica que o cenário econômico atual também está sendo um problema para a retomada do turismo.

“Felizmente, tem muita gente procurando caravana para a Terra Santa. Já estamos organizando uma para maio e outra para novembro do ano que vem. O problema é que as passagens e os hotéis estão mais caros”, conta o dono da JVM Turismo.

O empresário também explica que a oscilação do câmbio pode ser um problema para a agência. “Se o dólar aumenta na véspera da viagem, eu tenho que arcar com os custos e me quebro”, pontua Valdir.

Terceira dose

No último domingo (7/11), o Comitê do Coronavírus de Israel aprovou um plano que exclui grupos turísticos com até 40 pessoas de tomarem uma injeção de reforço da vacina contra o coronavírus, necessária para turistas individuais, mas desde que os membros não se misturem a outras pessoas de fora do seu grupo.

Para isso, eles devem ter recebido duas doses de uma das vacinas aceitas pela Organização Mundial da Saúde, seis meses antes da visita ao país do Oriente Médio. Confira, abaixo, as regras para o turismo na Terra Santa.

Pode entrar em Israel qualquer estrangeiro que:

  • Tenha sido completamente imunizado com uma vacina aprovada pela Organização Mundial da Saúde (Moderna,
    Pfizer, Johnson & Johnson / Janssen, AstraZeneca, Covishield, Sinopharm e Sinovac) ou com a vacina russa Sputnik V (sujeitos a um teste sorológico). A segunda dose (ou primeira, no caso da Johnson & Johnson) deve ter sido aplicada pelo menos 14 dias antes da entrada. A vacinação não pode ter ocorrido há mais de 180 dias no momento da partida.
  • Tenha tomado uma dose de reforço 14 dias antes da entrada, caso a segunda ou última vacinação tenha ocorrido há mais de 180 dias antes da partida planejada.
  • Tenha se recuperado do coronavírus nos últimos seis meses ou recebido uma injeção de reforço desde a recuperação, há mais de seis meses.
  • Tenha feito um teste de PCR até 72 horas antes do embarque para Israel.
  • Os passageiros também precisam fazer o upload de sua vacina digital, certificado de recuperação ou certificações em papel no formulário de entrada do passageiro no site do Ministério da Saúde de Israel para receber o Green Pass antes da viagem, por meio do site: https://corona.health.gov.il/en/flights/.
  • Não será permitida a entrada de visitantes que estiveram em um “país vermelho” durante os 14 dias anteriores à sua chegada a Israel, lembrando que atualmente nenhum país se encontra nessa relação – ou seja, na prática, não há mais proibição para ingressar em Israel.

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