Bannon aceita exigências, entrega passaporte e é libertado nos EUA
Ex-conselheiro de Trump havia sido preso nesta segunda por se recusar a auxiliar investigação sobre invasão ao Capitólio
atualizado
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O estrategista político norte-americano Steve Bannon deixou a cadeia algumas horas após ser preso em Washington DC, nos EUA, depois de concordar com uma série de exigências da Justiça, incluindo entregar seu passaporte.
O ex-conselheiro do último presidente republicano do país, Donald Trump, havia se entregado ao FBI mais cedo nesta segunda-feira (15/11). Ele responde a duas acusações de desacato ao Congresso norte-americano e teve a ordem de prisão expedida depois de se recusar a participar de uma investigação parlamentar sobre a invasão de trumpistas radicais ao Capitólio, sede do parlamento do país, em janeiro deste ano.
De acordo com a imprensa norte-americana, para responder ao processo em liberdade, Bannon concordou em comparecer semanalmente ao tribunal, entregar seu passaporte e avisar à Justiça antes de fazer qualquer viagem dentro do país.
Bannon fez de sua prisão um evento político. Antes de se entregar, ele concedeu uma entrevista coletiva e prometeu “partir para o ataque” contra o presidente democrata Joe Biden e seus aliados. “Estou dizendo a vocês: esta vai ser a contravenção do inferno para [o secretário de Justiça] Merrick Garland, [a presidente da Câmara] Nancy Pelosi, e Joe Biden, que mandou Merrick Garland me processar”, discursou.
O ex-assessor de Trump já havia visitado a cadeia em 2020, no âmbito de investigação na qual é suspeito de ter roubado dinheiro de uma vaquinha virtual lançada para ajudar a financiar um muro que Trump idealizou para impedir a entrada nos EUA de imigrantes vindos do México.
Proximidade com o clã Bolsonaro
Bannon se interessa pela política brasileira e é um interlocutor da família Bolsonaro nos EUA. Em agosto deste ano, o americano se reuniu com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) em um evento onde os dois discutiram as próximas eleições brasileiras.
Próximo a Bannon, o empresário americano Mike Lindell já tratou dessa relação com o clã brasileiro. Veja:
Em simpósio nos EUA, Mike Lindell, empresário apontado como incentivador do ataque ao Capitólio, confirma encontro com @BolsonaroSP em janeiro.
“O que começa aqui, se espalha por lá”, disse Lindell.
Eduardo repetiu informações falsas sobre as eleições no Brasil
🎥: @SamPancher pic.twitter.com/PN7DuddsXz
— Metrópoles (@Metropoles) August 14, 2021