Bahrein e Sudão seguem a Arábia Saudita e cortam relações diplomáticas com o Irã

O ministro de Assuntos de Mídia do governo do Bahrein (foto em destaque) anunciou nesta segunda-feira (4/1) o corte de relações diplomáticas com o Irã, seguindo a Arábia Saudita.

Bahrein acusa com frequência o Irã de estar por trás de uma insurgência xiita desde que ocorreram protestos em 2011 contra os governantes sunitas do Bahrein.

Sudão seguiu o Bahrein e anunciou nesta segunda-feira o corte de suas relações diplomáticas com o Irã e que a decisão entra em vigor imediatamente. O Ministério de Relações Exteriores do Sudão fez o anúncio em um comunicado divulgado pela agência de notícias estatal do país.

Os Emirados Árabes Unidos anunciaram nesta segunda-feira redução de suas relações diplomáticas com o Irã e pediu para que seu embaixador em Teerã retorne ao país. Segundo o comunicado do Ministério de Relações Exteriores, os Emirados Árabes Unidos irão reduzir a sua diplomacia para se concentrar apenas nas relações comerciais entre a federação do Golfo e o Irã.

O comunicado aponta que a decisão foi tomada devido a “contínua interferência na Administração Interna dos países árabes do Golfo”.

Conflitos e execuções
No domingo (3) à noite, a Arábia Saudita rompeu relações diplomáticas com o Irã, horas depois que manifestantes invadiram e atearam fogo em sua embaixada em Teerã. Riad retirou seus representantes da missão diplomática no Irã e ordenou que diplomatas iranianos saiam do reino.

O ataque ocorreu um dia depois do governo saudita executar 47 pessoas condenadas por terrorismo. Uma dessas pessoas era o clérigo xiita Nimr al-Nimr, que tinha 56 anos. Ele fazia oposição à dinastia sunita Al-Saud, que comanda no país desde a sua criação, em 1932. A execução de al-Nimr gerou indignação em líderes xiitas do Irã, enquanto multidões invadiram a embaixada saudita em Teerã.