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Bachelet vai à Venezuela e se reunirá com Maduro e Guaidó

Alta comissária da ONU para Direitos Humanos prevê encontros com chavistas e oposicionistas, além de com autoridades da Justiça venezuelana

atualizado

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A alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, visitará a Venezuela entre 19 e 21 de junho, onde se reunirá com o presidente, Nicolás Maduro, e com o autoproclamado presidente interino do país, o líder opositor Juan Guaidó.

Os assessores de Bachelet, ex-presidente do Chile, afirmaram nesta sexta-feira (14/06/2019) que a alta comissária também vai se encontrar com “vítimas de abusos e de violações dos direitos humanos, e com seus parentes”.

O Comissariado também informou que ela conversará com vários ministros e altos funcionários do governo chavista, além de com o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, o Procurador Geral da República e o Procurador de Justiça, além de integrantes da oposição.

Uma equipe de assessores do Alto Comissariado esteve no país há dois meses e realizou reuniões com líderes da sociedade civil, representantes da oposição e do partido no poder em preparação para a visita. “Temos que ir de forma neutra para conversar com todas as partes, não fazer parte de nenhuma estratégia”, declarou o Alto Comissário na época.

Em setembro de 2018, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas aprovou uma resolução solicitando que o Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos preparasse um novo relatório “abrangente” sobre a situação dos direitos humanos e que fosse apresentado ao Conselho. Além disso, pediu ao governo venezuelano que colaborasse com o Escritório de Direitos Humanos e com o restante dos mecanismos do Conselho.

O Escritório de Direitos Humanos já preparou relatórios sobre as violações cometidas na Venezuela nos últimos dois anos, mas estes não puderam ser apresentados ao Conselho para serem debatidos, uma vez que não foram solicitados pela agência. O governo da Venezuela não concedeu ao Escritório acesso ao país, apesar de repetidos pedidos.

Bachelet esclareceu em abril passado que seu escritório não conseguirá resolver os problemas humanitários do país, já que não está encarregado de distribuir ajuda, nem os políticos, para os quais são necessárias negociações entre as partes.

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