Coreia do Sul: avião que explodiu foi alertado de colisão com pássaros
Avião transportava 175 passageiros e 6 funcionários da tripulação. Apenas duas pessoas, tripulantes, foram resgatadas com vida
atualizado
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Após um avião sair da pista de pouso, atingir uma cerca e pegar fogo no Aeroporto Internacional de Muan, na Coreia do Sul, uma colisão com pássaros foi apontada como possível causa para o acidente, que ocorreu na manhã deste domingo (29/12) na Coreia do Sul – noite de sábado no Brasil.
Autoridades locais revelaram que controladores de tráfego aéreo chegaram a alertar a aeronave sobre riscos de colisão com pássaros, um minuto antes da tragédia. O avião transportava 175 passageiros e seis funcionários da tripulação. Ao todo, 179 pessoas morreram e duas pessoas foram resgatadas com vida.
Além do alerta de controladores de tráfego aéreo, um dos membros sobreviventes da tripulação teria mencionado uma colisão com pássaros após ser resgatado. Apesar disso, a causa exata do acidente ainda permanece sob investigação. A informação é do jornal sul-coreano Yonhap News.
A aeronave Boeing 737-800 declarou Mayday, um sinal de socorro, um minuto depois do aviso de colisão com pássaros. Em seguida, aumentou rapidamente a altitude, tentou realizar um procedimento emergencial conhecido como pouso de barriga, por volta das 9h03, horário local, devido a uma suposta falha no acionamento do trem de pouso.
O avião foi visto derrapando ao longo da pista antes de atingir o muro que cerca o aeroporto. Após a colisão, a aeronave se quebrou em dois pedaços, nas seções dianteira e traseira, e explodiu.
Veja:
Pelas imagens, é possível ver que o avião sai da pista e explode ao bater na cerca de proteção do aeroporto, gerando uma coluna de fumaça imediata.
Segundo Yonhap News, a incidência de colisões com pássaros no Aeroporto Internacional de Muan é a mais elevada entre 14 aeroportos do país.
“O número de colisões de aves em todos os aeroportos está aumentando constantemente: 108 em 2019, 76 em 2020, 109 em 2021, 131 em 2022 e 152 no ano passado. Isso pode ser interpretado como resultado das alterações climáticas que fazem com que as aves migratórias se tornem aves residentes, ou de mudanças no momento e nas espécies de aves que aparecem”, argumenta o jornal.