Avião com doações do MST a brasileiros na Faixa de Gaza chega ao Egito
São, ao todo, duas toneladas de alimentos doadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) que esperam liberação para chegar à Gaza
atualizado
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Os alimentos doados pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) às vítimas da guerra na Palestina chegou ao Cairo, no Egito, em aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), nesta terça-feira (31/10). Os mantimentos para a assistência humanitária aos afetados na Faixa de Gaza, o que inclui os brasileiros a serem repatriados, agora aguardam a liberação para atravessar a fronteira.
Tanto o governo federal quanto a sociedade civil têm se organizado para auxiliar essas pessoas. São, ao todo, duas toneladas de alimentação doadas. A meta, segundo informou o MST nessa segunda-feira (30/10), é chegar a 100 toneladas.
O carregamento do MST contém arroz, derivados de milho, açúcar e leite em pó e é levado à região por meio da aeronave VC-2 (Embraer 190), da FAB. O pouso ocorreu por volta das 16h30 do horário local. Depois de atravessar a fronteira e fazer a entrega das doações, o avião retorna ao Brasil.
“As pessoas que não estão morrendo nos bombardeios estão sob profundo risco de morrer de fome, de falta de água potável, de falta de alimentação”, alertou a dirigente nacional do MST, Cassia Bechara.
Repatriação de brasileiros
A saída dos brasileiros da região, que deve ocorrer pela passagem de Rafah, depende de uma autorização tanto de Israel quanto do Egito. Um avião aguarda no Cairo para resgatá-los. É pelo mesmo local que chegará a doação do MST.
O voo partiu nessa segunda-feira (30/10) do Brasil para o Egito. São, ao todo, 34 pessoas sob cuidados do Brasil na região da Faixa de Gaza. Desses, 24 são brasileiros e 3 são palestinos e parentes próximos dos brasileiros. O grupo é composto por 18 crianças, 10 mulheres e 6 homens.
No meio desses grupos de repatriados, está o menino Bader Monir, de 11 anos, que afirmou ter medo de morrer no conflito e que queria vir logo para o Brasil. Os futuros repatriados aguardam nas cidades de Rafah e de Khan Yunis, em abrigos temporários ou nas próprias residências, a autorização para cruzar a fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, por meio da passagem de Rafah.