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Autoridades não tratam apagão global como ataque cibernético

O apagão cibernético ocorrido nesta sexta-feira (19/7) afetou aeroportos, bancos e diversos serviços ao redor do mundo

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Jack Taylor/Getty Images
Imagem colorida de site da bolsa de valores com problemas tecnicos devido a apagão cibernético - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de site da bolsa de valores com problemas tecnicos devido a apagão cibernético - Metrópoles - Foto: Jack Taylor/Getty Images

Nesta sexta-feira (19/7), uma interrupção global de TI afetou empresas de mídia, bancos, empresas de telecomunicações e serviços aéreos em todo o mundo. Uma fonte de segurança do governo do Reino Unido, porém, informou à agência Reuters que o incidente não está sendo tratado como um ataque cibernético.

De acordo com a fonte, que pediu para não ser identificada, os especialistas em segurança não consideram o evento uma questão de segurança cibernética. Em vez disso, a crise é vista como possivelmente relacionada a um software de antivírus corporativo da empresa CrowdStrike, que atende principalmente clientes governamentais e grandes corporações.

George Kurtz, presidente e CEO da CrowdStrike, empresa que atende principalmente clientes governamentais e grandes corporações, confirmou que o incidente não está sendo tratado como um ataque cibernético.

Em vez disso, o apagão é visto como possivelmente relacionado a um software de antivírus corporativo da empresa CrowdStrike. O problema parece estar ligado a uma falha no sensor “Falcon”, do sistema operacional Windows, conforme confirmado pela própria CrowdStrike.

George Kurtz escreveu na rede social X que a empresa está trabalhando para normalizar a situação.

“A CrowdStrike está trabalhando ativamente com clientes afetados por um defeito encontrado em uma única atualização de conteúdo para hosts Windows. Os hosts Mac e Linux não são afetados. Este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético. O problema foi identificado, isolado e uma correção foi implantada”, diz a publicação

“Indicamos aos clientes o portal de suporte para obter as atualizações mais recentes, e continuaremos a fornecer atualizações completas e contínuas em nosso site. Recomendamos ainda que as organizações garantam a comunicação com os representantes da CrowdStrike por meio de canais oficiais. Nossa equipe está totalmente mobilizada para garantir a segurança e estabilidade dos clientes CrowdStrike”, finaliza o post.

Impacto global

O apagão cibernético desta sexta-feira causou interrupções em serviços essenciais em diversos países. Empresas aéreas, de telecomunicações e do setor financeiro enfrentam problemas graves. De acordo com agências internacionais, os usuários da Microsoft foram os mais afetados. Já há relatos de problemas no Brasil, como instabilidade em apps de bancos.

Conforme relatado pela Deutsche Welle, parceiro do Metrópoles, picos de incidentes técnicos foram registrados em sites que utilizam aplicativos da Microsoft desde a noite de quinta-feira (18/7).

Nos Estados Unidos, a ABC informou que voos das companhias American Airlines, United e Delta foram suspensos. Além disso, problemas foram relatados na Austrália, Holanda, Panamá, Reino Unido, Alemanha, África do Sul e Índia.

No Reino Unido, serviços ferroviários e de telecomunicações foram afetados, e a bolsa de valores também enfrentou dificuldades. O canal Sky News ficou fora do ar devido a problemas nas transmissões ao vivo.

A autoridade nacional de cibersegurança da Austrália anunciou que várias empresas foram impactadas por um “apagão técnico em larga escala”, afetando serviços bancários e de mídia, com algumas lojas temporariamente fechadas. Bancos da Nova Zelândia também ficaram fora do ar.

Na Alemanha, cirurgias eletivas foram canceladas em dois hospitais, e na África do Sul, um dos maiores bancos do país relatou problemas que afetaram todos os seus serviços. Em Hong Kong, a Autoridade Aeroportuária informou que as companhias aéreas passaram a realizar o check-in manualmente, embora os voos não tenham sido afetados.

O incidente global destacou a fragilidade das infraestruturas de TI diante de falhas técnicas, sublinhando a importância de medidas preventivas e da necessidade de testes rigorosos antes do lançamento de atualizações críticas.

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