Autoridades dos EUA e de Maduro discutem eleições venezuelanas
Os representantes dos Estados Unidos expressaram preocupação com o processo eleitoral venezuelano e ameaçam retomar sanções
atualizado
Compartilhar notícia
Representantes do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, se reuniram, na Cidade do México, com autoridades dos Estados Unidos (EUA), nessa terça-feira (9/4), para discutirem sobre o processo eleitoral venezuelano.
Segundo anunciado pelo representante da Casa Branca, nesta sexta-feira (12/4), a reunião ocorre perto do prazo final, 18 de abril, da decisão sobre os embargos norte-americanos ao petróleo venezuelano.
“O objetivo era expressar nossas preocupações sobre o processo eleitoral da Venezuela”, comentou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional (NSC) da Casa Branca.
O governo Joe Biden analisa a opção de retomar às sanções à indústria petrolífera venezuelana como resposta ao que os EUA veem como a falta de palavra de Maduro em cumprir os compromissos de eleições livres e justas. O pleito presidencial ocorrerá no dia 28 de julho de 2024.
Ao longo da reunião, os norte-americanos afirmaram que retomarão as sanções suspensas em outubro de 2023, caso o presidente venezuelano não realize progressos democráticos na disputa à presidência do país.
O diretor sênior da Casa Branca para assuntos do Ocidente, Daniel Erikson, foi o responsável pelas negociações com os representantes venezuelanos. Porém, segundo informações da CNN, nenhuma decisão terminativa foi tomada.
Sanções e eleições
Os Estados Unidos realizaram um alívio parcial às sanções do petróleo venezuelano em outubro do ano passado devido ao acordo feito, em Barbados, com o governo Maduro, o qual comprometia-se a promover eleições livres, com a possibilidade de uma oposição efetiva.
As conversas entre a administração Biden e o governo venezuelano são uma mudança significativa em relação à política de “pressão máxima” desenvolvida pelo ex-presidente Donald Trump.
A principal preocupação do governo norte-americano é que as sanções elevem o preço do petróleo e que gerem uma onda de migração de venezuelanos na fronteira EUA-México.