Autor de massacre em Buffalo, nos EUA, planejava o atentado há 5 meses
Segundo o Washington Post, Payton Gendron começou a planejar o assassinato de dezenas de pessoas negras em dezembro de 2021
atualizado
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O jovem de 18 anos que assassinou 10 pessoas em um supermercado em Buffalo, nos Estados Unidos, no sábado (14/5) escreveu com detalhes o plano dele de matar dezenas de pessoas negras. Payton Gendron publicava na internet suas intenções há cinco meses.
O jornal The Washington Post revelou que Gendron planejava desde dezembro matar aqueles que ele chamava de “replacers”, algo como “substitutos”, termo ligado a uma teoria conspiratória comum entre os racistas e antissemitas. Essa teoria indica que imigrantes estariam substituindo os “americanos”, para fins eleitoriais, por exemplo. Essa tese é levantada por parte da direita dos Estados Unidos.
Em fevereiro, o rapaz definiu o mercado em que houve o massacre como alvo, tomando como base a vizinhança composta em grande parte por negros. Em março, ele passou a visitar o local, como uma “missão de reconhecimento”. Um segurança da loja, inclusive, o confrontou pela atividade suspeita, mas ele inventou desculpas e se esquivou.
“Área de ataque 1”, como chamou o mercado, era um dos três locais onde Gendron planejou massacres. De acordo com mensagens, ele havia estabelecido rotas para cada localização, trabalhou no tempo necessário para cada chacina e estimou que mais de três dúzias poderiam ser mortas ao fim da operação homicida.
A polícia confirmou na segunda-feira (16/5) que ele planejava atacar em mais de um lugar. Também na segunda, o FBI declarou a policiais e líderes comunitários que se tratava, “claramente”, de crime de ódio motivado por racismo e extremismo.
Além dos mortos, outros três foram feridos antes de Gedron ser detido e os homicídios foram transmitidos online. Ele não se declara culpado pelos assassinatos.
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