Vídeo: ataque em ponto de ônibus de Jerusalém deixa 5 mortos
Autoridades de Israel afirmaram que o ataque terrorista foi feito por dois integrantes do Hamas, que acabaram mortos no local
atualizado
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Cinco pessoas acabaram mortas e 13 ficaram feridas após um ataque terrorista em um ponto de ônibus na entrada de Jerusalém, na fronteira leste de Israel. Além dos dois autores dos tiros, duas mulheres e um homem perderam a vida na manhã desta quinta-feira (30/11), horário local (por volta das 2h40 da madrugada de Brasília).
As três vítimas dos terroristas são Rabbi Elimelech Wasserman, 73 anos; Chana Ifergan, 64; e Livia Dickman, 24.
De acordo com a polícia, dois homens armados desceram de um veículo na rua Weizman, na entrada principal de Jerusalém, e abriram fogo. Dois soldados fora de serviço e um civil armado responderam e mataram os terroristas, identificados como membros do Hamas.
Eles saíram do veículo com um rifle de assalto M-16 e uma pistola. Dentro do carro, a polícia ainda encontrou uma grande quantidade de munição.
Veja:
Segundo as autoridades israelenses, os autores são os irmãos Murad Namr, 38, e Ibrahim Namr, 30, de Jerusalém Oriental. A agência de segurança Shin Bet informou que os dois eram membros do Hamas e já estiveram na prisão por atividades terroristas.
Murad planejou ataques terroristas na Faixa de Gaza e ficou preso entre 2010 e 2020. Já Ibrahim esteve na cadeia em 2014, supostamente por atividades terroristas, mas que a Shin Bet não revelou quais.
Uma jovem de 24 anos morreu no local. Um senhor e outra mulher, gravemente feridos, foram posteriormente declarados mortos num hospital em Jerusalém. Nenhum deles ainda foi identificado. Segundo o Serviço Médico de Israel, duas vítimas se encontram em estado grave, três em estado moderado e uma em bom estado.
Ataque há um ano
O mesmo ponto de ônibus havia sido cenário de um ataque a bomba há quase um ano.
A guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas teve início no dia 7 de outubro, quando cerca de 3 mil combatentes atravessaram a fronteira da Faixa de Gaza para Israel e mataram cerca de 1.200 civis e militares, fazendo ainda mais de 240 reféns.
A tensão entre os lados cresceu também no outro território palestino que faz fronteira com Israel, a Cisjordânia, onde fica parte de Jerusalém, cidade santa para judeus, islâmicos e católicos. Enquanto o Hamas governa Gaza, a Cisjordânia é comandada pela Autoridade Palestina.
Há seis dias, os lados entraram em acordo por um cessar-fogo. O ataque no ponto de ônibus de Jerusalém ocorreu minutos depois de as autoridades combinarem mais 24 horas de trégua.
Israel fala em continuidade da guerra
Nessa quarta, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que, após a trégua, o país retornará à guerra. Segundo ele, o governo seguirá na busca de três objetivos: destruição do Hamas, libertação dos reféns e garantir que Gaza não represente mais qualquer ameaça para Israel.
“Não há situação em que não voltemos a lutar até o fim. Esta é a minha política. Todo o Gabinete de Segurança está buscando isso. Todo o governo está buscando isso. Os soldados estão buscando isso. As pessoas estão buscando isso – é exatamente o que faremos”, destacou.
Veja números de solturas a partir do acordo:
1º dia de trégua (24/11):
- 13 israelenses e 11 estrangeiros libertados pelo Hamas.
- 39 prisioneiros palestinos soltos por Israel.
2º dia de trégua (25/11):
- 13 israelenses e quatro estrangeiros libertados pelo Hamas.
- 39 prisioneiros palestinos soltos por Israel.
3º dia de trégua (26/11):
- 14 israelenses (sendo um com cidadania russa) e três estrangeiros libertados pelo Hamas.
- 39 prisioneiros palestinos soltos por Israel.
4º dia de trégua (27/11):
- 11 reféns israelenses libertados pelo Hamas.
- 33 prisioneiros palestinos soltos por Israel.
5º dia de trégua (28/11):
- 10 israelenses e dois estrangeiros libertados pelo Hamas.
- 30 prisioneiros palestinos soltos por Israel.
6º dia de trégua (29/11):
- 12 israelenses (sendo duas com cidadania russa) e quatro estrangeiros libertados pelo Hamas.
- 30 prisioneiros palestinos soltos por Israel.