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As autoridades da Turquia prenderam 147 pessoas suspeitas de pertencerem ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI), segundo anúncio feito nesta terça-feira (26/3) pelo ministro do Interior turco, Ali Yerlikaya. Dois suspeitos detidos por participação no ataque perpetrado em Moscou, na última sexta-feira (22/3), reivindicado pelo EI, teriam passado várias semanas em solo turco antes de regressarem à Rússia de avião.
“Os dois indivíduos eram livres de circular sem impedimentos entre a Rússia e a Turquia na ausência de um mandado de prisão contra eles”, detalhou uma fonte, sob condição de anonimato. Ela acrescentou que ambos são de nacionalidade tajique.
As pessoas foram detidas em 30 das 81 províncias do país, disse o ministro numa mensagem publicada na rede social X. Outros 40 suspeitos de pertencerem ao EI haviam sido presos no domingo (24/3) em oito províncias, segundo as autoridades.
Desde 1° de junho de 2023, 2.919 pessoas suspeitas de ligações com o grupo jihadista foram detidas no país, destacou o ministro do Interior.
Atentado em Moscou
As autoridades verificaram que um dos suspeitos presos é Shamsidin Fariduni, que entrou na Turquia em 20 de fevereiro e seguiu para a Rússia em 2 de março, a partir do aeroporto de Istambul, após uma estadia em um hotel da cidade, no distrito de Fatih, continuou a mesma fonte.
Esta fonte especifica que o homem saiu do hotel em 27 de fevereiro e publicou uma mensagem “oito vezes nas redes sociais no dia 23 de fevereiro, no bairro de Aksaray”, no mesmo distrito de Fatih.
O outro acusado é Saidakram Rajabalizoda, que, ao chegar a Istambul em 5 de janeiro, se hospedou imediatamente em um hotel em Fatih, de onde saiu em 21 de janeiro. “Ele então partiu para Moscou em 2 de março no mesmo voo que Shamsidin Fariduni”, revelou a fonte de segurança.
“Acreditamos que estes dois indivíduos foram radicalizados na Rússia devido à sua curta estadia na Turquia”, insistiu a fonte da segunraça turca.
De acordo com um último relatório, o ataque contra a sala de concertos Crocus City Hall, reivindicado pelo grupo EI, nos arredores de Moscou, deixou 139 mortos e 182 feridos.
Quatro suspeitos principais acabaram presos e detidos na Rússia. Eles podem ser condenados à prisão perpétua.
A Justiça russa indicou que pelo menos um dos suspeitos era do Tajiquistão. Outro, detido com o pai e um dos irmãos, nasceu no Tajiquistão e tem nacionalidade russa, segundo a agência de notícias Ria Novosti.