Ataque contra fila de comida na Cidade de Gaza deixa 104 mortos
Denúncia foi feita pelo Ministério da Saúde da Faixa de Gaza. Forças de Defesa de Israel investigam suposto ataque
atualizado
Compartilhar notícia
As Forças de Defesa de Israel investigam suposto ataque do país a uma multidão de palestinos que aguardava para receber ajuda humanitária na Cidade de Gaza, nesta quinta-feira (29/2). Autoridades falam em 104 mortos e cerca de 250 feridos.
As informações de mortos e feridos são de funcionários do Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo grupo extremista Hamas. Jadallah Shafai, chefe do departamento de enfermagem do Hospital Shifa, confirmou os dados, que não podem ser verificados de forma independente.
Ele disse que 20 corpos foram levados ao Hospital Kamal Adwan, enquanto 57 seguiram ao Hospital al-Shifa.
Os militares israelenses afirmaram que houve uma “reunião violenta” em torno dos caminhões de comida e os palestinos acabaram saqueando os equipamentos. “Durante o incidente, dezenas de moradores de Gaza ficaram feridos como resultado de empurrões e atropelamentos”, afirma as IDF.
Uma fonte israelense, citada pelo jornal Times of Israel, afirmou que parte da multidão seguiu em direção aos militares encarregados de controlar a entrada de ajuda humanitária no local e “colocou em perigo” as tropas. Então, os militares abriram fogo contra os manifestantes.
Palestinos dizem que ataque é “massacre”
O Ministério dos Negócios Estrangeiros palestino divulgou nota condenando o que diz ter sido um “massacre” de civis a sangue frio. As pessoas esperavam por comida na Cidade de Gaza.
No comunicado, a pasta afirmou que o ataque fazia parte da “guerra genocida” em curso de Israel. E apelou à comunidade internacional para “intervir urgentemente” no sentido de forjar um cessar-fogo como “a única forma de proteger os civis”.
A guerra entre Israel e Hamas começou em 7 de outubro, quando o grupo extremista matou mais de 1.200 pessoas e fez mais de 200 reféns. Depois disso, houve retaliação que, segundo autoridades palestinas, já matou mais de 30 mil pessoas em Gaza.