Ataque de jihadistas deixa 200 pessoas presas em hotel de Moçambique
Insurgentes lançaram ataque à cidade costeira na tarde de quarta-feira, forçando os moradores aterrorizados a fugir para a floresta
atualizado
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Em meio a ataque de insurgentes jihadistas, cerca de 200 pessoas, incluindo trabalhadores expatriados, ficaram presas dentro de um hotel em uma cidade do norte de Moçambique, na África. O ataque está acontecendo há três dias.
De acordo com o jornal The Guardian, os militares tentaram nesta sexta-feira (26/3) transportar os trabalhadores para a segurança da cidade de Palma, situada perto do local de gás multibilionário na península de Afungi, na província de Cabo Delgado.
O ataque dos jihadistas começou na tarde de quarta-feira (24/3). Eles forçaram os moradores a fugir para a floresta circundante e os trabalhadores da GNL a buscarem refugiados no Hotel Amarula.
Já o governo do país afirmou que os soldados lançaram uma ofensiva para repelir os combatentes extremistas da cidade, centro de um enorme projeto de gás.
“Quase toda a cidade foi destruída. Muitas pessoas morreram”, disse um trabalhador da unidade GNL. O jornal ainda apontou que ele não deu detalhes sobre as vítimas nem suas nacionalidades.
À espera de resgate
“Enquanto os moradores fugiam para o mato, trabalhadores de empresas de GNL, incluindo estrangeiros, se refugiaram no Hotel Amarula, onde estão esperando para serem resgatados”, disse o homem, que pediu para não ser identificado.
Também em relato, outro trabalhador subcontratado pela empresa de energia afirmou que helicópteros sobrevoaram o hotel na sexta-feira tentando encontrar “um corredor para resgatar as aproximadamente 180 pessoas presas no hotel”. “Mas até o anoitecer muitas pessoas permaneceram no local enquanto os militantes tentavam avançar em direção ao hotel”, disse ele.
O jornal relata ainda que militantes afiliados ao grupo do Estado Islâmico invadiram vilas e cidades em toda a província, fazendo com que quase 700 mil fugissem de suas casas.
A violência matou pelo menos 2.600 pessoas, metade delas civis, de acordo com a agência americana de coleta de dados Armed Conflict Location and Event Data.