Ataque com veículo na China deixa 11 mortos e 44 feridos
Após jogar o carro contra as vítimas, o autor do crime ainda atacou os feridos com uma adaga e uma pá
atualizado
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Ao menos 11 pessoas morreram e outras 44 ficaram feridas depois que um homem atacou uma multidão na cidade de Hengyang, região central da China, com um veículo SUV antes de sair do veículo e atacar vítimas com uma adaga e uma pá, disseram autoridades locais nesta quinta-feira (13/9). O suspeito foi identificado como Yang Zanyun, de 54 anos.
Segundo a prefeitura, ele tem condenações anteriores por crimes como tráfico de drogas, roubo e assalto e, agindo sozinho, tentou “se vingar da sociedade”.
Inicialmente as autoridades descartam a possibilidade de terrorismo, embora veículos tenham sido utilizados anteriormente em ataques atribuídos a militantes separatistas muçulmanos do grupo étnico Uighur.
O ataque aconteceu na noite da terça-feira (11/9), em uma praça pública onde a população costuma se reunir para dançar em grupo ou aproveitar o clima fresco do entardecer. Segundo relatos, o veículo surgiu de repente, subindo o meio-fio antes de atropelar as pessoas que estavam no local.
A China registrou ataques violentos em locais públicos nos últimos anos, incluindo bombardeios e incêndios em ônibus e edifícios. Ocasionalmente, os ataques são atribuídos a militantes separatistas, mas tais incidentes se tornaram menos comuns após aumento da repressão pelas forças de segurança.
Em 2013, um SUV avançou contra uma multidão em frente à Cidade Proibida de Pequim antes de colidir e pegar fogo, matando cinco pessoas, incluindo os três ocupantes do veículo. A polícia atribuiu o ataque a extremistas uigures, alegando terem sido inspirados pela ideologia jihadista.
No entanto, são mais comuns motivações identificadas como doença mental, alienação da sociedade ou desejo de acertar contas. A lei chinesa restringe a venda e posse de armas de fogo, e os ataques em massa geralmente são realizados com facas ou explosivos caseiros.
Muitos dos incidentes ocorreram em escolas, e vários aconteceram em 2010, nos quais quase 20 crianças foram mortas.
A onda de violência levou a uma resposta de funcionários de alto escalão do governo e fez com que muitas instituições de ensino reforçassem sua segurança. No entanto, em junho deste ano, um homem usou uma faca de cozinha para atacar uma mãe e três meninos perto de uma escola em Xangai, matando duas das crianças
No ano passado, a polícia disse que um homem provocou uma explosão no portão da frente de um jardim de infância no leste do país. O ataque aconteceu enquanto parentes se reuniam para buscar os alunos ao final do dia escolar. Oito pessoas morreram.