Ataque com bomba de fragmentação mata cinco em Mykolayv, diz Ucrânia
Nesta sexta-feira (15/4), o governador da cidade, Vitaliy Kim, afirmou que o bombardeio mirou não combatentes
atualizado
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O governo ucraniano acusa a Rússia de matar cinco civis ao atacar Mykolayv com bombas de fragmentação.
Nesta sexta-feira (15/4), o governador da cidade, Vitaliy Kim, afirmou que o bombardeio mirou não combatentes. As informações foram divulgadas por agências internacionais de notícias.
Quando acionado, esse tipo de bomba libera projéteis em alta velocidade por todas as direções. Além de ferir e provocar mortes, esse tipo de bomba tem efeito “psicológico”, por criar pânico generalizado.
O emprego desse tipo de bomba é proibido pela Convenção de Oslo, de 2010. Contudo, o dispositivo continua sendo utilizado em conflitos na Síria e no Iêmen, por exemplo. O Kremlin, sede do governo russo, negou a autoria do ataque e o uso desse tipo de equipamento.
A Organização das Nações Unidas (ONU) já acusou a Rússia de usar bombas de fragmentação em duas ocasiões.
Autoridades ucranianas têm feito diversos denúncias contra a Rússia sobre o uso de bombas de fragmentação no conflito.
Na semana passada, uma investida do tipo teria ocorrido num ataque a uma estação de trem. Ao menos 50 pessoas morreram.
A secretária adjunta da ONU para assuntos políticos, Rosemary DiCarlo, e a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, já fizeram alertas sobre esse armamento no conflito do Leste Europeu.
Ataques
A Rússia está concentrando os esforços em tomar as cidades de Rubizhne, Popasna e Mariupol, no leste da Ucrânia. Os ataques massivos são em resposta ao bombardeio contra uma cidade russa na fronteira entre os dois países.
Nesta sexta-feira (15/4), segundo agências internacionais de notícias, o Exército russo está enviando tropas para o local.
Rubizhne e Popasna estão na região separatista pró-Rússia de Lugansk. Mariupol está sitiada há mais de 40 dias.
Represália
A tensão no Leste Europeu voltou a subir após novos ataques ucranianos contra o território russo. O país liderado por Vladimir Putin, que havia prometido trégua a Kiev, sinalizou que vai bombardear a capital.
A região separatista já fazia parte da rota de ataques da nova fase da “operação militar especial”, como os russos tratam a guerra. Contudo, a intensidade ganhou novos contornos após a investida ucraniana.
Mais de 20 edifícios e uma escola foram alvo de mísseis ucranianos. A região atacada fica em Belgorod, no sudeste da Rússia, próximo à fronteira entre os dois países. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira pela agência russa de notícias Tass.
Em represália, o governo russo anunciou novos ataques em Kiev. A determinação ocorre duas semanas após Putin indicar a retirada de tropas da cidade. “O número e a frequência de ataques com mísseis a instalações em Kiev aumentará”, informou o Ministério da Defesa russo.
Na madrugada, segundo os russos, uma fábrica de mísseis que fica no complexo militar e industrial de Vizar, em Vyshneve, no subúrbio de Kiev, foi atacada.
A escalada da violência ocorre após o naufrágio do navio militar Moskva, maior embarcação de guerra russa no Mar Morto. A Ucrânia reivindicou o ataque.
Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, invadiu o país liderado por Volodymyr Zelensky, em 24 de fevereiro. Nesta sexta-feira, a guerra completa 51 dias.