metropoles.com

Ataque à Síria: tudo o que você precisa saber

Donald Trump disse que os EUA e aliados como França e Reino Unido estão preparados para uma resposta “contínua”

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/TV Síria
ataque síria eua
1 de 1 ataque síria eua - Foto: Reprodução/TV Síria

Como retaliação ao ataque com uso de armas químicas nos arredores de Damasco, há pouco mais de uma semana, Estados Unidos, França e Reino Unido resolveram intervir na noite desta sexta-feira (13/4), no regime de Bashar al-Assad, na Síria, e bombardear o país do Oriente Médio.

O Pentágono anunciou que alvos, relacionados à contravenção ao acordo internacional que proíbe o uso de armas químicas, foram atacados, como depósitos em Damasco, onde teria armazenamento desse tipo de arsenal, e um centro de pesquisa ligado à produção de armas químicas, também na capital síria.

Em pronunciamento na noite de sexta, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a investida militar na Síria deve continuar se não houver nenhum progresso ou demonstração de que Bashar al-Assad interrompa o uso de armas químicas. O mandatário americano disse que os EUA e aliados como França e Reino Unido estão preparados para uma resposta “contínua”.

“Para o Irã e a Rússia, eu pergunto: que tipo de nação quer ser associada com o assassinato em massa de homens, mulheres e crianças inocentes?”, disse Trump em discurso, após anunciar o ataque.

A Casa Branca se posiciona de forma contundente contra a Rússia e culpa Putin de maneira direta pelos bombardeios que atingiram civis, nas imediações de Damasco. “Em razão de sua inabilidade -ou recusa – de conter os crimes de Assad, a Rússia deve assumir a responsabilidade por seu comportamento”, disse Trump.

Fontes ligadas ao Ministério das Relações Exteriores da Síria afirmaram neste sábado (14), que o ataque coordenado por EUA, França e Reino Unido se trata de uma “agressão bárbara e brutal” que não afetará a luta do regime para obter controle dos redutos rebeldes do país.

“Agressão” contra soberania síria, diz Putin
Em nota divulgada pelo Kremlin, o presidente russo Vladimir Putin condenou o bombardeio retaliatório encabeçado pelos EUA, de Donald Trump. “A Rússia condena duramente o ataque à Síria, onde militares russos ajudam o governo legítimo a lutar contra o terrorismo”, disse Putin, em comunicado. “Com suas ações, os Estados Unidos agravaram ainda mais a catástrofe humanitária na Síria, levando sofrimento à população civil.”

O embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, afirmou que o ataque americano contra bases sírias “não ficará sem consequências”.

Irã diz que houve precipitação e também relatou “consequências”
O governo do Irã também destacou o risco de “consequências regionais” aos EUA e aliados. “Não há provas e, sem esperar o resultado da Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq), conduziram os ataques”, disse Teerã, em comunicado divulgado nas redes sociais. Segundo o Irã, vários dos locais atacados conseguiram ser evacuados nos últimos dias, graças a alertas dos russos.

Macron conversou com Putin antes do ataque
O presidente francês Emmanuel Macron afirmou que a coalizão ocidental não vai “tolerar a banalização do uso de armas químicas”. O comunicado foi publicado pelo Palácio do Eliseu no início da madrugada deste sábado.

Poucas horas antes do ataque, Macron conversou por telefone com o presidente russo Vladimir Putin para discutir o uso de armas químicas pelo governo de Assad contra reduto de rebeldes, nos arredores de Damasco. Foi a primeira conversa entre um líder do ocidente com o presidente russo desde o ocorrido.

“Pontual, dirigido e efetivo”, diz premiê britânica sobre medida
A primeira-ministra do Reino Unido se manifestou após os bombardeios afirmando que a decisão foi motivada por provas da inteligência britânica que comprovavam a responsabilidade do governo sírio de usar armamento químico contra rebeldes, causando mortes de civis.

Merkel diz ser “necessário” retaliação
A chanceler alemã, Angela Merkel, classificou a ação militar conjunta de Estados Unidos, Reino Unido e França, contra a Síria, como “necessária”. Ela também responsabilizou a Rússia por se mostrar indiferente ao ataque químico do regime sírio no Conselho de Segurança da ONU.

ONU pede “moderação”
A organização, por meio de seu secretário-geral, Antonio Guterres, pregou “moderação” aos países envolvidos para evitar maiores tensões na Síria.

Otan declara apoio aos ataques
O Secretário Geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg disse que as ações “reduziram a habilidade do regime de Bahar al-Assad de atacar as pessoas da Síria com armas químicas”.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?