Astrônomos descobrem objeto mais brilhante conhecido no Universo
O brilho descoberto pelos astrônomos vem de um quasar alimentado por um buraco negro que “come” um Sol por dia
atualizado
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Uma equipe de astrônomos, liderada por pesquisadores da Universidade Nacional da Austrália, descobriu uma grandiosidade em 2022 e agora conseguiu mais detalhes de uma galáxia impressionante. Ela é alimentada pelo buraco negro de crescimento mais rápido já registrado e também é o objeto mais brilhante conhecido no Universo.
O buraco negro “devora” o equivalente a um Sol todos os dias, e isso já era sabido. Mas agora os cientistas notaram que a galáxia que ele alimenta é o objeto mais brilhante do Universo (pelo menos, a ínfima parte que nós conhecemos).
Em 2022, os pesquisadores detectaram o tal buraco negro. Ele fica em um quasar – em uma linguagem bastante leiga, o quasar é o núcleo de uma galáxia que cresce por causa de um supermassivo buraco negro, que se autoalimenta, ou seja, adiciona material a si mesmo.
A massa desse quasar equivale a, aproximadamente, 17 mil milhões de vezes a do nosso Sol. Na entrevista sobre a descoberta, os cientistas afirmaram ter sido uma surpresa que o buraco negro tenha ficado tanto tempo sem ser detectado.
“A incrível taxa de crescimento também significa uma enorme libertação de luz e calor”, disse Christian Wolf, principal autor do estudo. “Portanto, este é também o objeto mais luminoso conhecido no universo. É 200 trilhões de vezes mais brilhante que o nosso Sol”, apontou.
Astrônomos apontam mais números impressionantes
Wolf descreveu o objeto brilhante como um disco de retenção para o material que será devorado pelo buraco negro, onde as temperaturas passam dos 10.000°C.
Esse disco brilhante em torno do “devorador” mede simplesmente sete anos-luz de diâmetro. Ou seja, 50% maior que a distância entre o nosso sistema solar e a estrela mais próxima de uma galáxia vizinha.
Para ser visto por nós, terráqueos, a luz do buraco negro viajou cerca de 12 bilhões de anos-luz. E foi assim que os cientistas da universidade australiana perceberam o brilho, com a ajuda de pesquisadores da Universidade de Melbourne, o Observatório Europeu do Sul e a Universidade Sorbonne.