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Assembleia da França aprova restrições a pessoas não vacinadas

Projeto, que ainda precisa passar pelo Senado, impede a entrada de não vacinados em restaurantes, bares, teatros, cinemas, shows e trens

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pessoas andando de bicicleta e de máscara, colorida
1 de 1 pessoas andando de bicicleta e de máscara, colorida - Foto: GettyImages

A Assembleia Nacional da França aprovou na madrugada desta quinta-feira (6/1) o projeto de lei que proíbe a entrada de pessoas com mais de 12 anos não vacinadas contra a Covid-19 em restaurantes, bares, teatros, cinemas, shows, jogos esportivos, trens de média e longa distância. O texto inclui também uma longa lista de atividades não essenciais.

O projeto, defendido pelo presidente Emmanuel Macron, ainda precisa ser aprovado pelo Senado para passar a valer. A mídia local prevê maior dificuldade de aprovação no Senado, dominado pela direita. Deputados aprovaram o texto por 214 votos contra 93. A maioria dos votos contrários veio da extrema direita (Reunião Nacional) e da esquerda mais radical (França Insubmissa).

A França bate recordes de infecção por Covid dia após dia. Nas últimas 24 horas, foram 332 mil novos casos. No dia anterior, foram identificadas 271,7 mil novas infecções.

Tentando ampliar a imunização entre os cerca de 4 milhões de franceses que ainda não tomaram nenhuma dose de vacina, Macron disse que vai “irritar” os cidadãos que não foram vacinados, restringindo o acesso a partes essenciais da sociedade.

“Quando se trata de não vacinados, eu realmente quero incomodá-los. E vamos continuar a fazer isso até o fim. Essa é a estratégia”, disse Macron ao jornal Le Parisien.

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Macron diz querer irritar não vacinados com lei de obrigatoriedade
“Quando se trata de não vacinados, eu realmente quero incomodá-los. E vamos continuar a fazer isso até o fim. Essa é a estratégia”, disse Macron ao jornal Le Parisien
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O presidente francês, Emmanuel Macron

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Macron diz querer irritar não vacinados com lei de obrigatoriedade

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“Quando se trata de não vacinados, eu realmente quero incomodá-los. E vamos continuar a fazer isso até o fim. Essa é a estratégia”, disse Macron ao jornal Le Parisien

Rita Franca/NurPhoto via Getty Images

A declaração de Macron causou polêmica por ele ter usado o verbo “emmerder”, um registro coloquial da língua que também pode ser considerado um palavrão, a depender do contexto empregado. As falas do presidente foram rechaçadas da esquerda à direita.

O esquerdista Jean-Luc Mélenchon afirmou que o presidente contraria a Organização Mundial da Saúde (OMS) ao tentar coagir, não convencer, os hesitantes. “Não esperávamos isso de um discurso oficial.”

A ultradireitista Marine Le Pen, derrotada por Macron nas últimas eleições, aproveitou a situação para defender sua candidatura à Presidência. “Os insultos aos franceses não vacinados demonstram que Emmanuel Macron irá sempre mais longe no seu desprezo e nas suas medidas liberticidas. Eu devolverei aos franceses suas liberdades”, escreveu a deputada no Twitter.

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