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Assange pode morrer na prisão se não for tratado, dizem médicos

Mais de 60 profissionais alegam que fundador do WikiLeaks sofre de problemas psicológicos, incluindo depressão

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David G Silvers/Cancillería del Ecuador
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1 de 1 RUEDA_DE_PRENSA_CONJUNTA_ENTRE_CANCILLER_RICARDO_PATIÑO_Y_JULIAN_ASSANGE - Foto: David G Silvers/Cancillería del Ecuador

Mais de 60 médicos escreveram às autoridades britânicas afirmando que o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, precisa de tratamento médico urgente ou pode morrer na prisão.

Os profissionais disseram em uma carta publicada nesta segunda-feira (25/11/2019) que Assange sofre de problemas psicológicos, incluindo depressão, além de questões relacionadas aos dentes e de uma grave dor no ombro.

O australiano está na prisão segurança máxima de Belmarsh, nos arredores de Londres, enquanto espera a audiência sobre processo de extradição para os Estados Unidos, marcada para fevereiro. Washington acusa Assange de divulgar milhares de documentos confidenciais.

A carta dos médicos — profissionais do Reino Unido, Austrália, Sri Lanka, entre outros países — foi enviada ao secretário de Interior do Reino Unido, Priti Patel, e distribuída pelo WikiLeaks.

“Grande preocupação”
No documento, eles expressam “grande preocupação” com a saúde de Assange, de 48 anos, e pedem que ele seja levado a um hospital universitário e passe por uma avaliação.

“Do ponto de vista médico e diante da evidência disponível, temos uma grande preocupação com o estado físico de Assange para enfrentar o julgamento em fevereiro de 2020. O mais importante é que, na nossa opinião, Assange requer uma avaliação médica urgente sobre o estado físico e psicológico dele”, acrescentaram.

Se não receber tratamento médico, ele “pode morrer na prisão”, escreveram os médicos. A australiana Lissa Johnson disse que uma avaliação médica independente é necessária para determinar se Assange está “medicamente apto” a enfrentar um processo legal.

Na semana passada, a Promotoria da Suécia decidiu encerrar a investigação sobre o caso de estupro contra o australiano. A vice-procuradora-geral Eva-Marie Persson justificou a decisão em razão do enfraquecimento das evidências e da falta de argumentos para a acusação.

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