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Às vésperas da posse, Trump cria caso com UE, Canadá, México e Panamá

A 11 dias da posse, Trump reverbera desejo imperialista de “Make America Great Again” e fala sobre anexar territórios ao EUA

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida de Donald Trump - Metrópoles - Foto: Arte Metrópoles

O presidente eleito dos Estados Unidos Donald Trump dá tons imperialistas ao famoso slogan “Make America Great Again” (torne a América grande novamente), a 11 dias da posse presidencial, em 20 de janeiro. Nos últimos dias, ele falou nas redes sociais sobre anexar ao território norte-americano a Groenlândia, o Canal do Panamá e o Canadá.

Ao se referir à Groenlândia e ao Canal do Panamá, Trump afirmou que ambos são essenciais para a segurança nacional norte-americana. Já em relação ao Canadá, Trump prometeu usar “força econômica” quando perguntado se tentaria anexar o Canadá, e chamou sua fronteira compartilhada de “linha traçada artificialmente”.

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Os dois conversaram por mais de meia hora, conforme disse Trump ao New York Post
Trump indica investidora de campanha como secretária de educação
Trump e Stallone
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Mapa publicado por Donald Trump

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Os dois conversaram por mais de meia hora, conforme disse Trump ao New York Post

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Trump indica investidora de campanha como secretária de educação

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Trump e Stallone

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Chanceler, Gerardo Werthein; Elon Musk; presidente Javier Milei; presidente eleito Donald Trump; secretária Geral da Presidência, Karina Milei

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Divulgação/Trump War Room
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Donald Trump e Elon Musk

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Trump e o assessor Jason Miller

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Trump nomeia deputada republicana como embaixadora dos EUA na ONU

Chip Somodevilla/Getty Images
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Jair Bolsonaro e Donald Trump durante encontro nos EUA quando ambos eram presidente ao mesmo tempo

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Donald Trump venceu a eleição na quarta-feira

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Groenlândia

Donald Trump Jr, filho do presidente eleito, afirmou, nessa terça-feira (7/1), durante visita à Groelândia, que seu pai expressou um forte desejo de comprar o território, apesar das declarações duras da Groenlândia de que ela não está à venda.

Após a fala do filho, Trump afirmou: “Não posso garantir nenhuma das duas coisas, mas posso dizer o seguinte: precisamos delas para a segurança econômica”.

Em dezembro do ano passado, o presidente eleito dos EUA já havia reforçado os apelos feitos em seu primeiro mandato na presidência sobre a “necessidade absoluta” de anexar a Groenlândia, pois ele entende que a região é vital para a segurança dos EUA.

Ao ser questionada sobre a fala de Trump, a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, afirmou que “a Groenlândia pertence aos groenlandeses” e que somente a população local pode determinar seu futuro.

A Groenlândia tem uma população de apenas 57.000 habitantes. O terriório é a maior ilha do mundo e uma parte estrategicamente importante da região do Ártico devido a reservas de recursos naturais.

A ilha abriga uma grande instalação espacial norte-americana e possui alguns dos maiores depósitos de minerais cruciais na fabricação de baterias e dispositivos de alta tecnologia.

Apesar da ampla autonomia, sua economia depende, em grande parte, de subsídios de Copenhague e continua a fazer parte do reino da Dinamarca.

Canal do Panamá

Durante entrevista coletiva dessa terça-feira, Trump afirmou falsamente que o Canal do Panamá estava sendo operado por soldados chineses. O presidente eleito descreveu a decisão do presidente Carter de devolver o canal ao Panamá como “um grande erro”.

O Canal do Panamá foi administrado pelos EUA por décadas, até que o falecido presidente americano Jimmy Carter assinou um tratado em 1977 que devolveu o controle da região aos panamenhos em 31 de dezembro de 1999.

O argumento de Trump para a anexação do Panamá é o mesmo da Groelândia, ou seja, ele entende como uma região é vital para a segurança dos EUA.

Como resposta às falas de Trump, o ministro das Relações Exteriores do Panamá, Javier Martínez-Acha, afirmou que “as únicas mãos que operam o canal são panamenhas e é assim que ele vai permanecer”.

“As opiniões de Trump, de que ele falou sobre uma certa quantia de dinheiro, não são verdadeiras. Nenhum tipo de oferta foi recebida. Que fique claro, a soberania do nosso canal é inegociável e faz parte da nossa história de luta e de uma conquista irreversível”, reforçou Martínez-Acha.

Canadá e Golfo do México

Na terça-feira (7/1), Trump disse que a anexação do Canadá permitiria aos EUA “se livrarem da linha traçada artificialmente”, ao se referir à fronteira com o país vizinho, e que isso também traria uma “segurança financeira muito melhor”.

“Canadá e Estados Unidos: isso seria realmente algo. Temos sido bons vizinhos, mas não podemos fazer isso para sempre. É uma quantia enorme de dinheiro”, disse Trump.

Como resposta, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou que “não há a mínima chance de o Canadá se tornar parte dos Estados Unidos”.

“Trabalhadores e comunidades em ambos os países se beneficiam por serem os maiores parceiros comerciais e de segurança um do outro”, afirmou o primeiro-ministro do Canadá nas redes sociais.

A fala sobre o Canadá veio acompanhada de outras propostas inusitadas. Trump disse que seria interessante mudar o nome do Golfo do México para “Golfo da América”.

“Nós vamos mudar o nome do Golfo do México para ‘Golfo da América’. A gente faz todo o trabalho lá. Que nome lindo. E é apropriado”, concluiu Trump.

O Golfo do México é o maior golfo do mundo, com uma superfície de aproximadamente 1,55 milhão km². Além disso, a região é rica em petróleo.

“América Mexicana”

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, criticou nesta quarta-feira (8/1) as declarações de Trump. Em tom irônico, Sheinbaum sugeriu que os EUA deveriam ser chamados de “América Mexicana”.

Acompanhada pelo ex-ministro da Cultura José Alfonso Suárez del Real, Sheinbaum apresentou mapas históricos para reforçar suas críticas. Ela mencionou o antigo território mexicano, que incluía áreas que atualmente fazem parte dos Estados Unidos.

“O fato é que a América Mexicana é reconhecida desde o século 17… Como o nome de toda a parte do norte do continente (americano)”, explicou Suárez del Real, apontando para as áreas no mapa.

Apesar das críticas, a presidente afirmou desejar uma relação positiva com os Estados Unidos. “Acho que haverá um bom relacionamento. O presidente Trump tem sua maneira de se comunicar”, afirmou.

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