Velório de Maradona na Casa Rosada tem princípio de tumulto e comoção
Expectativa é de que 1 milhão de pessoas se despeçam do craque na sede do governo argentino. Populares tentaram arrancar grades no local
atualizado
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O corpo de Diego Armando Maradona começou a ser velado por volta das 6h desta quinta-feira (26/11) na Casa Rosada, sede do governo da Argentina. A expectativa é de que 1 milhão de pessoas se despeçam do jogador. Ele morreu aos 60 anos, em casa, após ter sofrido uma parada cardiorrespiratória.
Por volta das 7h30, populares arrancaram e chegaram a arremessar parte da grade que cerca a Casa Rosada, na capital Buenos Aires. Houve um princípio de confronto com policiais, mas a situação foi contornada. Muitos tentam entrar ao mesmo tempo no local, porém o fluxo é controlado na porta do palácio presidencial.
Horas após a confirmação da morte de “Don Diego”, o presidente Alberto Fernández decretou três dias de luto. “Você nos levou ao mais alto do mundo. Você nos fez imensamente felizes. Você foi o maior de todos. Obrigado por ter existido, Diego. Vamos sentir sua falta o resto da vida”, escreveu Fernández em suas redes sociais, ao postar uma foto abraçado com Maradona.
A vice-presidente Cristina Kierchner também prestou sua homenagem: “Muita tristeza, partiu um grande. Até sempre, Diego, te queremos muito. Um abraço enorme a seus familiares e seres queridos”.
Autópsia
Em entrevista na frente da casa onde Maradona morreu, o fiscal do Departamento Judicial de San Isidro, John Broyad, adiantou que o corpo do craque não tinha sinais de violência. Ele morreu por volta das 12h (horário de Brasília). Às 16h, policiais científicos começaram a trabalhar no local. A autópsia foi realizada após as 18h. O corpo deixou a residência às 17h15 e foi acompanhado por um comboio policial.
“Não foi detectado nenhum sinal de violência. A autópsia será para determinar a causa da morte, mas podemos adiantar que o falecimento se caracteriza por fatores naturais”, afirmou Broyad.
Maradona sentiu-se mal na tarde dessa quarta-feira (25/11). Familiares e funcionários chamaram uma ambulância para socorrê-lo, mas ele morreu antes mesmo de o veículo da emergência chegar. O ex-jogador tinha deixado o hospital havia duas semanas após ter sido internado, quando foi detectado um hematoma no cérebro. Ele lutava contra uma série de problemas de saúde.