Argentina sofre com escassez de repelente em meio a surto de dengue
O repelente aerosol que era vendido a US$ 5,67 (R$ 29) na capital argentina, agora é encontrado por US$ 37,47 (R$ 190)
atualizado
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Além de enfrentar um dos piores surtos de dengue da história, a Argentina vive uma crise no mercado de repelentes. Com muita procura e poucos itens, o preço do produto subiu. O governo enfrenta uma onda de reclamações, mas o ministro da Saúde argentino, Mario Russo, garante que o problema será resolvido nas próximas semanas.
Meses atrás, um repelente aerosol em Buenos Aires, capital argentina, era vendido por US$ 5,67 (R$ 29, na cotação atual). Agora, o preço chega a US$ 37,47 (R$ 190). As informações são do jornal La Nación.
“Nós falamos com os produtores, que nos disseram que mudaram sua logística para produzir e estão em capacidade máxima. Estão produzindo em alguns laboratórios estatais das províncias, em maior quantidade de repelentes”, afirmou o ministro da Saúde em uma entrevista ao canal de TV Telefé.
Mario Russo alerta que, enquanto não tiver repelente, os argentinos devem manter braços e pernas cobertos com blusas de mangas compridas e calças.
Segundo informações do La Nación, as vendas de repelentes cresceram mais de três vezes nos últimos dias. A oferta nos supermercados e farmácias não é mais suficiente.
A empresa Algabo, que fabrica repelentes, disse que a demanda no país explodiu. Só nas quatro primeiras semanas de janeiro, a fabricante vendeu o mesmo volume de 2023 inteiro.
Dengue na Argentina
O mosquito da dengue circula em 19 dos 24 territórios do país. De julho de 2023 a abril de 2024, mais de 180 mil pessoas foram infectadas e 129 morreram.
De acordo com o último boletim epidemiológico, os casos acumulados nesta temporada já ultrapassam em seis vezes o número registrado na temporada de 2022/2023.
Na Argentina, não há programa nacional de vacinação. O ministro da Saúde argentino afirma que as vacinas não são efetivas para mitigar o surto e que não há evidências suficientes da eficácia.