Sergio Massa após votar: “Hoje é uma nova etapa na Argentina”
Peronista votou na cidade de Tigre, da qual foi prefeito entre 2009 e 2013. Ele disputa o segundo turno contra o ultraliberal Javier Milei
atualizado
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O atual ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, votou, no início da tarde deste domingo (19/11), na cidade de Tigre, no segundo turno da eleição presidencial que disputa. O peronista chegou pouco depois do meio-dia no local de votação (a Argentina tem o mesmo fuso horário de Brasília).
“Hoje é uma nova etapa na Argentina. Essa etapa requer, além de boa vontade, inteligência e capacidade, o diálogo e o consenso necessários para que nosso país percorra um caminho muito mais virtuoso”, diz Massa, ao votar cercado de apoiadores e em seu reduto eleitoral.
E prosseguiu: “É uma eleição que define o país que teremos nos próximos quatro anos”, acrescentou.
O atual ministro da Economia foi eleito prefeito de Tigre duas vezes — entre 2009 e 2013. Primeiro ocupou o posto de 2007 a 2008. Após dois anos consolidando o poder em seu reduto, Tigre, ele conseguiu uma contundente reeleição como prefeito, com mais de 70% dos votos, para ficar no posto de 2009 a 2013.
O candidato governista teve um desempenho melhor do que o esperado no primeiro turno das eleições presidenciais, em 23 de outubro. As pesquisas apontavam que ele e o ultraliberal Javier Milei empatariam em cerca de 30%. Enquanto Milei se manteve na média esperada, Massa superou.
Essa é a disputa mais polarizada da Argentina nos últimos anos.
Perfil
Nascido em San Martín e de origem italiana, o advogado é membro da Unión por la Patria, coalizão política peronista e progressista que governa na Argentina desde 2019, com Fernández.
Na adolescência, começou a militar no partido liberal de centro-direita Unión del Centro Democrático e, em 2008, integrou o governo de Kirchner como chefe dos ministros.
No entanto, Massa deixou a gestão Kirchner brigado com o então presidente, de quem se tornou crítico, até a retomada da relação nos últimos anos. Antes de atuar no Executivo, ele foi prefeito de Tigre, deputado por Buenos Aires e presidente da Câmara dos Deputados da Argentina entre 2019 e 2022, quando passou a colaborar diretamente com o atual governo na condição de ministro da Economia.
Em 2015, disputou as eleições presidenciais pela coligação Unidos por uma Nova Alternativa e recebeu 21% dos votos, ficando na terceira colocação, atrás de Daniel Scioli e do candidato eleito, o direitista Mauricio Macri.