Argentina pede ajuda ao FMI para frear alta do dólar
No poder desde dezembro de 2015, Mauricio Macri culpou a herança “desastrosa” de sua antecessora, Cristina Kirchner
atualizado
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O presidente da Argentina, Mauricio Macri, pediu ajuda ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para frear a escalada do dólar, que superou a barreira de 23 pesos, novo recorde.
Em uma breve mensagem divulgada nesta terça-feira (8/5), Macri disse ter entrado em contato com a diretora do FMI, Christine Lagarde, para obter uma “linha de apoio financeiro”, quatro dias depois de o Banco Central do país ter aumentado sua taxa de juros para 40%, maior índice nominal do mundo.
Segundo o presidente, o pedido ao FMI é necessário para prosseguir no “único caminho existente para sair dessa situação”. Macri, no poder desde dezembro de 2015, culpou a herança “desastrosa” de sua antecessora, Cristina Kirchner, pela atual crise econômica na Argentina.“Essa política do governo de equilibrar as contas públicas depois do desastre herdado, protegendo os setores vulneráveis e garantindo o crescimento, depende muito de financiamento externo”, declarou Macri, sem dar mais detalhes sobre a linha que pretende obter com o FMI.
A Argentina pagou sua dívida com o fundo em 2005, durante o mandato de Néstor Kirchner, que assim como Cristina, proibia as visitas do organismo para auditar a economia do país. As relações com o FMI só foram normalizadas após a posse de Macri.
O presidente convive com um cenário de inflação galopante e o aumento nas tarifas de serviços básicos, culminando numa corrida aos dólares por parte de poupadores, pressionando a cotação da moeda norte-americana.