Na Argentina, Milei bate o martelo e escolhe seus 8 ministros. Veja
Promessa é reduzir de 18 para 8 pastas. Dos indicados, cinco são homens e três, mulheres. Javier Milei toma posse no próximo domingo (10/12)
atualizado
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A uma semana de tomar posse como presidente da Argentina, Javier Milei nomeou os oito ministros que vão ocupar seu primeiro escalão durante os quatro anos de mandato.
Por enquanto, o ultraliberal cumpre uma de suas promessas de campanha: fazer uma reforma ministerial na qual a Casa Rosada passará a comandar oito pastas – Economia, Justiça, Segurança, Defesa, Relações Exteriores, Infraestrutura, Interior e Ministério do Capital Humano (fusão dos Ministérios do Desenvolvimento Social, da Educação e da Saúde) –, em vez de 18 ministérios (estrutura atual).
Caso siga os planos iniciais, Milei, além de fechar o Banco Central e dolarizar a economia, vai acabar com 10 pastas. Entre elas, Saúde e Educação. Durante a corrida eleitoral, ele propôs um esquema de vouchers para lidar com as demandas dos argentinos nesses setores.
O Metrópoles separou os nomes dos indicados e as pastas extintas.
Dos indicados, até o momento, três são mulheres e cinco, homens. O último nome – o da Defesa – foi definido nesta segunda-feira (4/12) como informado pelo Gabinete do presidente eleito. Milei e seu primeiro escalão de ministros tomam posse em 10 de dezembro.
Entre as indicações de Milei, três chamam a atenção: Patricia Bullrich, Luis Caputo e Luis Petri. O trio mantém laços estreitos com o ex-presidente Mauricio Macri. Mesmo após afirmar que queria se afastar da “casta” argentina, o ultraliberal nomeou duas pessoas ligadas a figurões da política nacional.
O primeiro escalão de Milei
- Ministério da Economia: Luis Caputo
Com uma inflação superior a 140% nos últimos meses, Luis Caputo chega à pasta da Economia com a missão de conduzir o plano de dolarização da do peso argentino, caso Milei decida seguir adiante com essa proposta.
Caputo já ocupou os cargos de ministro da Economia e presidente do Banco Central sob a gestão do ex-presidente Mauricio Macri.
- Ministério da Segurança: Patricia Bullrich
Patricia Bullrich ficará à frente da pasta da Segurança, a qual comandou durante o governo do ex-presidente Mauricio Macri, entre 2015 e 2019. Ela prometeu que, sob o seu comando, o ministério será “implacável” contra o crime e travará “uma luta incansável” contra o tráfico de drogas. “É simples: quem os faz, paga por eles”, disse.
- Ministério da Justiça: Mariano Cúneo Libarona
Advogado com vasta atuação jurídica, Mariano Cúneo Libarona será o ministro da Justiça da gestão de Javier Milei. Ele é conhecido por ter representado Guillermo Coppola, ex-empresário de Diego Maradona, nos anos 90.
- Ministério das Relações Exteriores: Diana Mondino
Formada em economia, a nova chanceler argentina Diana Mondino colocou um fim no que parecia ser o distanciamento entre Argentina e Brasil. Em reunião com o ministro brasileiro Mauro Vieira, ela afirmou que “a parceria continuará”.
- Ministério da Infraestrutura: Guillermo Ferraro
Depois de coordenar a fiscalização nacional da coalizão A Liberdade Avança, de Javier Milei, Guillermo Ferraro ganha um posto no primeiro escalão do governo do ultraliberal.
Em entrevista à rádio argentina Mitre, Ferraro afirmou que entra no governo com o objetivo de estimular a participação do setor privado e diminuir a interferência do Estado na área.
- Ministério do Interior: Guillermo Francos
Representante da Argentina no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) de 2019 a 2023, abandonou o posto para se juntar à equipe de Milei. Advogado de formação, Guillermo Francos tem um histórico extenso na política. Ela já foi vereador e deputado.
- Ministério do Capital Humano: Sandra Pettovello
Dona do maior orçamento do governo de Milei, a jornalista Sandra Pettovello será responsável por administrar o ministério do Capital Humano, que engloba quatro áreas: Desenvolvimento Social, Saúde, Trabalho e Educação.
No entanto, segundo o currículo dela, a futura ministra não tem formação ligada a todos os setores.
- Ministério da Defesa: Luis Alfonso Petri
O advogado e ex-deputado Luis Alfonso Petri será o futuro chefe da pasta da Defesa. O político argentino concorreu às eleições presidenciais como vice na chapa de Patricia Bullrich. À frente do ministério, Petri deseja retomar a valorização do papel das Forças Armadas, que considera o “orgulho do país”.
“Vamos honrar o seu propósito essencial, que garante a soberania e a independência da Nação, a sua integridade territorial; que protege a vida, a liberdade e contribui para o desenvolvimento da Pátria”, escreveu no X (antigo Twitter).