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Golpe bilionário: Argentina autoriza prisão domiciliar de brasileiro

Justiça da Argentina autorizou prisão domiciliar para brasileiro acusado de golpe financeiro de R$ 1 bilhão

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1 de 1 Imagem colorida mostra empresário de criptomoedas acusado de golpe financeiro de R$ 1 bilhão - Metrópoles - Foto: Divulgação

A Justiça argentina autorizou o paraibano Antônio Inácio da Silva Neto, preso desde fevereiro deste ano acusado de aplicar um golpe financeiro de R$ 1 bilhão, a cumprir prisão domiciliar no país.

Segundo a decisão, publicada pelo Juizado Criminal e Correcional Federal da Argentina, a Justiça do país acatou o pedido de relaxamento feito pela defesa do empresário para que o brasileiro pudesse auxiliar no cuidado dos filhos, de 9 e 11 anos. Antônio, no entanto, não poderá deixar sua residência e deve ser monitorado por dispositivo com GPS para evitar uma possível fuga.

Com a decisão, o paraibano deve se juntar a esposa, Fabricia Farias Campos, também condenada por crimes contra o sistema financeiro. A mulher do empresário já cumpria prisão domiciliar desde o dia seguinte a prisão dos dois para poder cuidar dos filhos.

Entenda o caso

Fundada em 2018 pelo casal em Campina Grande, na Paraíba, a Braiscompany se vendia como uma gestora de criptoativos na América Latina. No entanto, foram encontrados indícios de que a empresa, na verdade, se tratava de uma pirâmide financeira.

Segundo autoridades, a empresa prometia rendimentos de até 9% em operações envolvendo operações com criptomoedas a partir do investimento feito com o dinheiro “alugado” de clientes.

Quatro anos depois, em 2022, o esquema quebrou e causou prejuízo em cerca de 20 mil pessoas em um montante que chegou a casa de R$ 1 bilhão.

No último ano, a empresa entrou na mira da Polícia Federal, que realizou quatro operações contra a Braiscompany. O casal foi condenado pela Justiça do Brasil a uma pena que soma mais de 150 anos de prisão, e estavam foragidos desde fevereiro de 2023.

Após um trabalho que envolveu a Polícia Federal (PF) e a Interpol, os dois foram presos em fevereiro deste ano na Argentina, e aguardam o processo de extradição para o Brasil.

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