Argentina: conheça os perfis dos candidatos que disputarão o 2º turno
Eleições presidenciais na Argentina vão ser decididas só em 19 de novembro. Neste primeiro turno, Massa saiu na frente, com 36% dos votos
atualizado
Compartilhar notícia
A eleição para Presidência da República da Argentina será decidida no segundo turno, a ser realizado em 19 de novembro. Com mais de 95% dos votos apurados, o candidato peronista Sergio Massa (Unión por la Patria) está em primeiro lugar, com 36,5% dos votos. Ele vai disputar o cargo com o ultraliberal de direita Javier Milei (Libertad Avanza), que aparece com 30% dos votos válidos.
Massa teve um desempenho melhor do que o esperado. As pesquisas apontavam que os dois candidatos empatariam em cerca de 30%. Enquanto Milei se manteve na média esperada, Massa superou.
O candidato governista tem 51 anos e é o atual ministro da Economia da Argentina. Ele teve o apoio do presidente argentino, Alberto Fernández, e da vice Cristina Kirchner para disputar o cargo. No Brasil, ele conta a preferência do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de partidos de esquerda.
O advogado é de família italiana e, ainda na adolescência, começou a atuar como militante no partido liberal de centro-direita Unión del Centro Democrático. Em 2008, ele atuou no governo de Kirchner como chefe dos ministros. Massa deixou o governo brigado com a então presidente, e se tornou um grande crítico. Nos últimos anos, no entanto, os dois retomaram a relação.
Antes de atuar no Executivo, Massa foi prefeito de Tigre. Ele já foi deputado federal por Buenos Aires e presidente da Câmara dos Deputados da Argentina. O advogado também comandou a Administração Nacional da Previdência Social (Anses).
Alinhado com Bolsonaro
Já Javier Milei tem 53 anos, é economista e deputado federal. Em agosto, ele venceu as primárias e era tido como favorito, mas acabou na segunda colocação.
Milei tem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu entorno. Um dos filhos do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), estava na Argentina neste domingo (22), em apoio ao candidato de direita, que também é um admirador do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
Milei tem propostas econômicas de redução dos gastos públicos e fechamento do Banco Central, mas são as posições polêmicas e radicais que geram maior debate. Assim como Bolsonaro, ele é favorável à liberação da posse de armas e contra o aborto, que é legal no país. O candidato também propõe o comércio de órgãos humanos e o fim da educação escolar obrigatória.