Argentina anuncia corte de benefícios sociais de 27 mil pessoas
O governo da Argentina planeja economizar 2 bilhões de pesos com o novo corte, o equivalente a cerca de R$ 12 milhões
atualizado
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O governo da Argentina anunciou, neste sábado (20/1), que vai cancelar o benefício de 27.208 pessoas inscritas nos programas sociais Potenciar Trabajo e Potenciar Empleo (potenciar trabalho e potenciar emprego, em tradução livre).
A ministra do Capital Humano, Sandra Pettovello, argumenta que os beneficiários apresentam irregularidades. A expectativa do governo da Argentina é economizar 2 bilhões de pesos, cerca de R$ 12 milhões.
No fim do ano passado, a Argentina cancelou 4.588 planos de valorização do trabalho de funcionários públicos.
Governo Milei
O ultraliberal Javier Milei assumiu o comando da Argentina em dezembro do ano passado. Ele chegou ao Executivo com propostas ambiciosas na economia e se posicionou contra a ampliação de benefícios sociais.
Uma das primeiras medidas de Milei foi o Decreto de Necessidade de Urgência (DNU), que viabiliza a desregulação econômica do país. O documento foi questionado na Justiça e é alvo de série de protestos.
O governo da Argentina criticou os protestos e anunciou que cortaria os benefícios sociais dos participantes. “Manifestar-se é um direito, mas circular livremente pelo território argentino para se dirigir ao local de trabalho também é”, alegou Sandra.
Nessa sexta-feita (19/1), o governo Milei enviou proposta para alterar a “lei omnibus”, projeto de lei com 664 artigos que trata de diferentes temas, e um deles é a privatização de empresas. No entanto, o Executivo ainda precisará articular com o Legislativo para aprovar o texto.