Argentina: acusações contra Cristina Kirchner são arquivadas
Vice-presidente era processada por administração fraudulenta por supostas irregularidades do Banco Central (BCRA)
atualizado
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Um tribunal da Argentina arquivou nesta terça-feira (13/4) as acusações contra a vice-presidente do país, Cristina Kirchner, no caso conhecido como “dólar futuro“. Cristina era processada por administração fraudulenta por supostas irregularidades do Banco Central (BCRA) durante seu período como presidente.
A Câmara Federal de Cassação Penal determinou por unanimidade a inexistência do crime e, portanto, considerou desnecessária a realização de um julgamento oral contra Kirchner e outros ex-funcionários, de acordo com a decisão, que foi tomada pouco mais de um mês depois de Cristina ter entrado em confronto com a Justiça, acusando-a de ter contribuído para a crise sofrida pelo país e de liderar uma perseguição contra ela.
Entre os outros réus do caso estão o ex-ministro da Economia Axel Kicillof, atual governador da Província de Buenos Aires, e o ex-presidente do Banco Central Alejandro Vanoli.
A corte disse que “não se compreende, sendo injustificada e não ajustada à lei” a extensão da imputação da então presidente e seu ministro da Economia já que, “pelos poderes inerentes a seus cargos, são completamente alheios às tarefas desempenhadas pelo BCRA”, como as investigadas.
Um dos juízes do tribunal encarregado do caso, Adrián Federico Grünberg, havia argumentado que um relatório contábil elaborado por peritos contadores da Suprema Corte e das defesas “demoliu a acusação” e mostrou a realização “desnecessária” do julgamento oral.
O caso em que Cristina e os demais réus foram indiciados em maio de 2016 era sobre supostas irregularidades na emissão, pelo Banco Central, de contratos futuros em dólar na reta final do mandato dela, o que supostamente resultou em prejuízos milionários aos cofres públicos.