Araújo sobre eleição na Argentina: “Forças do mal celebrando”
Em uma série de quatro mensagens no Twitter, o ministro avaliou que o governo de Alberto Fernández seguirá o “kirchnerismo clássico”
atualizado
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O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, usou as redes sociais para comentar a vitória de Alberto Fernández e Cristina Kirchner nas eleições da Argentina. Nesta segunda-feira (28/10/2019), o chefe do Palácio do Itamaraty disse que os “sinais são os piores possíveis”.
Em uma série de quatro mensagens no Twitter, Araújo avaliou que o governo de Fernández seguirá o “kirchnerismo clássico”. “Não há muita ilusão de que o fernandez-kirchnerismo possa ser diferente do kirchnerismo clássico. Os sinais são os piores possíveis. Fechamento comercial, modelo econômico retrógrado e apoio às ditaduras parece ser o que vem por aí”, assinalou.
O chanceler afirmou que o Brasil continuará ao lado da “liberdade e da integração aberta”. “As forças do mal estão celebrando. As forças da democracia estão lamentando pela Argentina, pelo Mercosul e por toda a América do Sul. Mas o Brasil continuará inteiramente do lado da liberdade e da integração aberta”, prosseguiu.
Araújo ainda criticou a esquerda. “A esquerda é totalmente ideológica no apoio aos regimes tirânicos da região. Mas, quando se relaciona com as democracias (das quais depende), a esquerda pede ‘pragmatismo’. Curioso. ‘Pragmatismo’ significa sempre a direita se acomodar aos interesses da esquerda”, ponderou.
Por fim, o ministro destacou que o governo brasileiro continuará defendendo os interesses nacionais. “Seremos pragmáticos na defesa dos princípios e interesses do Brasil: um Mercosul sem barreiras internas e aberto ao mundo, uma América do Sul sem ditaduras”, finalizou.
A Argentina vive uma crise econômica e social. Alberto Fernández e Cristina Kirchner venceram as eleições desse domingo (27/10/2019) com 47% dos votos. O atual presidente argentino, Maurício Macri, ficou em segundo lugar, com 40%.
Não há muita ilusão de que o fernandez-kirchnerismo possa ser diferente do kirchnerismo clássico. Os sinais são os piores possíveis. Fechamento comercial, modelo econômico retrógrado e apoio às ditaduras parece ser o que vem por aí.
— Ernesto Araújo (@ernestofaraujo) 28 de outubro de 2019