Arábia Saudita executa 81 homens por crimes de “terrorismo”
Número de mortes supera o total do ano passado e de 2020 – quando foram contabilizados 67 e 27, respectivamente
atualizado
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A Arábia Saudita executou, neste sábado (12/3), 81 homens por crimes de terrorismo e outras ofensas. O número de mortes supera o total do ano passado e o de 2020 ─ quando foram contabilizados 67 e 27 respectivamente.
Segundo comunicado do ministro do interior publicado pela agência de notícias SPA, entre as acusações estavam a de integrar grupos militantes, assassinar homens, mulheres e crianças inocentes, até manter crenças divergentes com as do reino.
De acordo com o texto, os acusados tentaram se aliar a organizações criminosas terroristas, como o Estado Islâmico, Al-Qaeda e Houthis. Ao menos 37 sauditas foram culpados pela tentativa de assassinato de oficiais de segurança, policiais e comboios.
Do total de executados, 73 eram cidadãos sauditas, sete do Iêmen e um da Síria.
A publicação não descrevia como ocorreram as execuções. O ministro do interior ressaltou que esta foi a maior execução em massa do reino em décadas.
Frente às acusações de abuso dos direitos humanos, o reinado árabe negou as alegações e disse que protege sua segurança nacional por meio de leis.
A SPA também informou que os acusados tiveram acesso a um advogado e a garantia de todos os seus direitos durante o processo judicial.
Em 1980, 63 pessoas foram executadas em um dia na Arábia Saudita. Segundo a mídia nacional, as mortes ocorreram um ano depois da ocupação da Grande Mesquista, em Mecca.
Já no ano de 2016, um total de 47 pessoas foram executadas também em um dia, incluindo o clérico muçulmano xiita Nimr al-Nirm.