Após veto de Trump, Canadá convida transgêneros ao alistamento militar
Estima-se que haja aproximadamente 200 pessoas transgênero nas Forças Armadas do país vizinho dos Estados Unidos
atualizado
Compartilhar notícia
Pouco depois do anúncio feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que proibirá a entrada de transgêneros nas Forças Armadas do país, os militares canadenses responderam à decisão. Os vizinhos dos americanos abriram nesta quarta-feira (25/7) suas portas para “todas as orientações sexuais”.
“Damos as boas-vindas aos canadenses de todas as orientações sexuais e identidades de gênero. Juntem-se a nós!”, declarou a conta oficial da Forças Armadas do Canadá no Twitter.
We welcome Cdns of all sexual orientations and gender identities. Join us! #DiversityIsOurStrength #ForcesJobs https://t.co/572KahN2Zh pic.twitter.com/9In7HR4Utj
— Canadian Forces (@CanadianForces) 26 de julho de 2017
O texto estava acompanhado de uma foto da Banda da Marinha Real Canadense desfilando em uma das comemorações do Dia do Orgulho Gay, em Toronto, o maior do gênero realizado no continente americano. A publicação também divulgava um link para um site que informa sobre as oportunidades de trabalho nos Exércitos do país.
Estima-se que aproximadamente 200 pessoas nas Forças Armadas do Canadá são transgêneros. Segundo dados informados na quarta-feira, o Departamento de Defesa do país pagou entre 2008 e 2015 um total de 19 operações de mudança de sexo com um custo total de cerca de US$ 250 mil.Trump anunciou que decidiu não permitir a atuação de transgêneros nas Forças Armadas do país, mas não explicou quando a proibição entrará em vigor. A medida reverte a abertura adotada em 2016 pelo então presidente Barack Obama.
O republicano anunciou a mudança pelo Twitter e disse que, após ter consultado generais e especialistas, decidiu não “aceitar nem permitir” que os transgêneros sirvam às Forças Armadas americanas.