Após tentativa de golpe, Bolívia aprova entrada definitiva no Mercosul
Votação sobre o tema foi iniciada em dezembro passado. Bloco terá reunião na segunda-feira (8/7) no Paraguai
atualizado
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O presidente da Bolívia, Luis Alberto Arce Catacora, anunciou nesta sexta-feira (5/7) a formalização da adesão do país ao Mercosul. O líder nacional afirmou que a medida é estratégica para a nação. A decisão ocorre uma semana após uma tentativa de golpe de estado no país.
“Significa fazer parte de um importante espaço de integração regional, intercâmbio comercial, fortalecimento produtivo e nos converter em um exemplo articulador na região”, disse em publicação no X (antigo Twitter).
A publicação de Arce veio acompanhada de uma foto com outros quatro líderes, entre eles o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. A imagem é da Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, realizada em dezembro de 2023, no Rio de Janeiro.
O ingresso definitivo da Bolívia no Mercosul foi votado na “Assembleia Legislativa” em 15 de dezembro de 2023. O texto passou ainda pela Câmara dos Deputados boliviana em 14 de junho deste ano e pelos senadores 3 de julho. O Mercosul ainda deve concluir o processo de aceitação.
O bloco tem uma 64ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados marcada para a segunda-feira (8/7) em Assunção, no Paraguai.
O Mercosul foi criado há 33 anos por meio do Tratado de Assunção. A cada seis meses, um país assume o comando do bloco, em um rodízio feito em ordem alfabética. No encontro de segunda-feira, a presidência passará do presidente do Paraguai, Santiago Peña, para o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou.