Após ser barrada, bebê iraniana com doença cardíaca desembarca nos EUA
A entrada de Fatemeh Reshad, de 4 meses de idade, no território americano havia sido vetada pelo decreto anti-imigração assinado por Trump
atualizado
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Após ser barrada de entrar nos Estados Unidos por causa de um decreto anti-imigração assinado pelo presidente americano, Donald Trump, uma menina iraniana de 4 meses de idade, que depende de uma cirurgia cardíaca para sobreviver, desembarcou no país. Fatemeh Reshad chegou na terça-feira (7/2) a um hospital do estado de Oregon. As informações são da NBC News.
Médicos do hospital infantil OHSU Doernbecher disseram em comunicado que exames de diagnóstico precoce na menina “são promissores”. “Fatemeh parece bem. Nossos testes nesta manhã confirmaram o diagnóstico dela e a urgente necessidade de tratamento”, informou Laurie Armsby, chefe interina da Divisão de Cardiologia Pediátrica do hospital.
Armsby acrescentou que os exames confirmaram as suspeitas da equipe médica sobre a condição cardíaca de Fatemeh. “Sua condição resultou em lesão em seus pulmões. No entanto, os estudos de hoje indicam que ela chegou a tempo de reverter esse processo”, contou.O bebê e sua mãe foram embora para Dubai no sábado (4/2), nos Emirados Árabes, por causa do veto de Trump — que impediria a entrada, no território americano, de pessoas de sete países. Mas o governo federal mais tarde lhes concedeu documentos de embarque. Isso porque os avós da menina são cidadãos americanos que vivem em Oregon. O decreto está suspenso por ordem judicial.
A criança tem uma anomalia cardíaca conhecida como Transposição das Grandes Artérias. A condição, com deformidade do septo ventricular, afeta cerca de dois a cada 10 mil recém-nascidos a por ano, disse o OHSU no comunicado.