Após segunda condenação na Câmara, Senado julga impeachment de Trump
Empresário é o único presidente da história dos Estados Unidos condenado duas vezes, durante o mandato, pelos deputados
atualizado
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Acusado de incitar à violência que resultou nas cinco mortes em decorrência da invasão ao Capitólio, a sede do Congresso, em 6 de janeiro, Donald Trump será julgado pelo Senado dos Estados Unidos. Com 232 votos a favor, 197 contra e quatro abstenções, a Câmara dos Estados Unidos aprovou, no dia 13 de janeiro, o impeachment do republicano, quando o mandato ainda estava em vigência.
O julgamento no Senado começa nesta terça-feira (9/2). Apesar de o mandato do ex-presidente ter chegado ao fim, dependendo da decisão dos senadores, Trump pode perder os direitos políticos, ou seja, ficar impossibilitado de concorrer a outros cargos políticos no futuro. É a possibilidade mais plausível, dada a composição do Senado.
No último sábado de janeiro (30/1), o republicano designou dois novos advogados que farão sua defesa durante o julgamento sobre o impeachment no Senado — ele nomeou David Schoen e Bruce Castor, que disseram, em nota, estar “honrados” com o trabalho.
A nomeação se deu após Trump se desentender com os defensores antigos sobre a estratégia a ser apresentada aos parlamentares, que atuarão como jurados no processo.
Em fevereiro de 2020, Trump foi absolvido pelo Senado em seu primeiro processo de impeachment, no qual era acusado de abuso de poder e de obstrução ao trabalho do Congresso em processo de investigação de uma negociação com o governo da Ucrânia.