Após reaproximação, Venezuela solta dois presos dos EUA, diz jornal
Governo Biden tem conversado com governo de Nicolás Maduro para substituir petróleo russo, em meio à invasão da Ucrânia
atualizado
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O governo da Venezuela libertou ao menos dois norte-americanos que estavam presos no país, depois de reunião com representantes do governo dos Estados Unidos para negociar petróleo. A reaproximação dos Estados Unidos faz parte de ofensiva para isolar ainda mais Vladimir Putin em meio à invasão da Ucrânia.
A liberação, de acordo com o The New York Times, não estaria, porém, relacionada ao recente acordo entre os dois países. Depois de suspender a compra de petróleo russo, os EUA caminham para suspender a proibição de compra do produto da Venezuela, imposta no governo de Donald Trump.
Os libertados são o executivo Gustavo Cárdenas, executivo da filial americana da petrolífera estatal venezuelana preso em 2017, e Jorge Alberto Fernández, cubano-americano que teria sido acusado de terrorismo por levar um drone para a Venezuela em 2021.
Pelo menos outros oito cidadãos estadunidenses continuam presos na capital, Caracas. As acusações vão de terrorismo a peculato.
Reaproximação por petróleo
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, proibiu nesta terça-feira (8/3) a compra do petróleo russo. Essa é mais uma medida para pressionar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a fim de que ele determine a interrupção dos bombardeios contra a Ucrânia.
“Os Estados Unidos produzem mais petróleo do que todos os países da Europa juntos. Nossas equipes estão discutindo como isso [proibição] irá acontecer. Nossa ideia é continuar causando prejuízos do Putin. A defesa da liberdade tem um custo. E um custo para nós, americanos”, frisou.
Uma comitiva dos EUA viajou para a Venezuela recentemente para negociar petróleo com o país latino-americano.
“No sábado passado, chegou à Venezuela uma delegação dos Estados Unidos da América do Norte. Os recebi aqui no Palácio Presidencial. Tivemos uma reunião que eu poderia qualificar como respeitosa, cordial, muito diplomática”, valorizou Maduro. “Fizemos um encontro, no escritório presidencial, ali estavam as bandeiras dos EUA e da Venezuela e elas ficaram lindas. Unidas, como devem estar”, discursou Nicolás Maduro.