Após proposta de Musk, Twitter adota medidas para proteger acionistas
De acordo com a companhia, a chamada “poison pill”, usada em empresas de capital aberto, é resposta à proposta de Elon Musk
atualizado
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O Twitter anunciou, nesta sexta-feira (15/4), que aprovou medida para proteger os acionistas minoritários da empresa. A iniciativa vem depois do bilionário Elon Musk oferecer R$ 200 bilhões para comprar a companhia.
A “poison pill” é utiliza em empresas de capital aberta, como é o caso da rede social, para prevenir aquisições hostis. A medida é definida oficialmente como um “plano de direitos dos acionistas de duração limitada”.
Na prática, os direitos destes acionistas minoritários vão ser exercidos se uma pessoa física ou jurídica adquirir 15% ou mais de ações ordinárias da companhia.
O Twitter afirmou que a “poison pill” tem o objetivo de fazer com que os acionistas “percebam o valor total de seu investimento”.
No meio de março, Musk adquiriu 9,2% das ações da rede. Assim que anunciada a aquisição, os papéis do Twitter começaram a subir. Até o domingo (3/4), cada ação custava U$ 39,31. Na manhã de segunda (4/4), o valor já havia atingido U$ 49.
Na quinta (14/4), o dono da Tesla e da SpaceX fez uma oferta para comprar todo o restante das ações por US$ 41,4 bilhões, quase R$ 200 bilhões.
No fim de março, Musk cogitou criar uma outra rede social que priorizasse a liberdade de expressão, em espécie de crítica à plataforma do pássaro azul. Segundo ele, esse princípio é “fundamental para o funcionamento da democracia”.
Em carta ao presidente da empresa, o bilionário disse que, caso sua proposta não seja aceita, ele deverá reconsiderar a sua posição como acionista e afirmou que essa é sua “oferta final”.