Após prédios destruídos em Kharkiv, russos dizem ter tomado Kherson
Ucranianos afirmam que 21 pessoas morreram em um dia na segunda maior cidade do país, onde a Rússia teria desembarcado com tropas
atualizado
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As imagens da explosão na sede do distrito policial e de uma universidade de Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia, foram as últimas registradas no ataque russo ao país nesta quarta-feira (2/3). De acordo com os ucranianos, 21 pessoas morreram em um dia no local. A Rússia disse ter desembarcado tropas nos últimos momentos em Kharkiv.
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram o prédio em chamas e a rua coberta por destroços. Veja abaixo:
Agora: explosão é registrada na sede do distrito policial da cidade de Kharkiv.
Segundo o Ministério da Defesa da Ucrânia, míssil russo atingiu o prédio. Ainda não há informações sobre feridos. pic.twitter.com/gQXfo2t93z
— Metrópoles (@Metropoles) March 2, 2022
Tropas russas aerotransportadas chegaram, na madrugada, a Kharkiv, segundo o Serviço de Segurança do país. Os ucranianos afirmam que os russos se envolveram em intensos combates com as forças locais. Há também relatos de que houve um incêndio em um hospital. A cidade está cercada há dias. Ao menos sete pessoas morreram, nessa terça-feira (1º/3), quando a sede da administração regional foi atingida por míssil, e mais 14 perderam a vida nesta quarta.
Enquanto isso, em Kherson, no Mar Negro, no sul da Ucrânia, os russos dizem ter assumido o controle da estação ferroviária e do porto, de acordo o prefeito da cidade, Igor Kolykhayev, citado pela mídia local, informou a Agence France-Press.
Os ataques russos à Ucrânia
A Ucrânia viveu nessa terça-feira o 6° dia de ataques. O confronto foi iniciado em 24 de fevereiro. Kiev e Kharkiv estão sob fortes bombardeios – civis foram alvejados.
Um míssil foi disparado contra uma torre de transmissão de TV em Kiev, capital ucraniana, e deixou ao menos cinco pessoas mortas, segundo a Ucrânia.
A violência da guerra na Ucrânia tem chegado a níveis antes inimagináveis. Com cidades sitiadas pelas tropas russas, o presidente Volodymyr Zelensky voltou a pedir apoio da comunidade internacional. O Exército russo ampliou o megacomboio que cercará Kiev, capital ucraniana e coração do poder. As tropas, que cobrem uma extensão de 64 quilômetros, se aproximam da cidade.
Com o país sendo alvo de ataques cada vez mais violentos, Zelensky exigiu cessar-fogo para abrir nova rodada de negociações com a Rússia e pediu resistência da população e do Exército.
A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existem desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).