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Em Nova York, Lula defende “nova geopolítica” mundial

Mais cedo, o presidente brasileiro criticou “estrutura arcaica” da ONU e cobrou por mudanças para maior inclusão da América Latina

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1 de 1 Imagem colorida de Lula na ONU - Metrópoles - Foto: Sam Prancher/Metrópoles

Nova York – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concedeu, nesta quarta-feira (25/9), uma entrevista coletiva em Nova York, nos Estados Unidos (EUA), onde participou de reuniões da Organização das Nações Unidas (ONU) ao longo da semana.

Antes do petista, o ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores, fez uma abertura, na qual disse acompanhar “com preocupação o agravamento da situação no Líbano” e que o Brasil tem condenado os ataques aéreos e renovado apelo para que se contenha a escalada. Além disso, pediu a “imediata interrupção” das agressões.

O presidente Lula também mencionou números do ataque ao Líbano e afirmou que “condena veemente” a ação do governo israelense.

“Eu condeno de forma veemente esse comportamento do governo de Israel, e eu tenho certeza que a maioria do povo de Israel não concorda com esse genocídio”, disse o chefe do Executivo.

“A humanidade não pode conviver e aceitar com normalidade o que está acontecendo em Israel, na Faixa de Gaza, no Líbano e na Cisjordânia ocupada”, emendou.

Mais cedo, Lula criticou a “estrutura arcaica e excludente” da ONU, em evento do G20, no prédio das Nações Unidas. No discurso, o petista acusou as Nações Unidas de passar por uma “crise de confiança”.

O chefe do Executivo reiterou a necessidade de uma reforma nas instituições e cobrou a inclusão de mais países da América Latina e África em assentos permanentes nos comitês da ONU.

“O que estamos defendendo é que haja uma nova geopolítica, para que a gente possa ter os continentes representados na ONU, inclusive no Conselho de Segurança, e acabando com o poder de veto.”

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O presidente Lula discursou na abertura da 79ª Assembleia Geral da ONU
Lira, Lula e Pacheco se reuniram para falar à imprensa durante visita a NY
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Arthur Lira, Lula e Rodrigo Pacheco

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O presidente Lula discursou na abertura da 79ª Assembleia Geral da ONU

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Lira, Lula e Pacheco se reuniram para falar à imprensa durante visita a NY

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“Por isso, o Brasil considera apresentar proposta de convocação de uma revisão da carta da ONU com base no seu artigo 109. Cada país pode ter sua visão quanto ao modelo de reforma da governança global, mas precisamos todos concordar que a reforma é fundamental e urgente”, disse.

Em Nova York, Lula aproveitou para encontrar o chefe da Autoridade Palestina e demais líderes mundiais para debater energia renovável e a Aliança Global Contra a Fome, bandeira brasileira à frente do G20 este ano.

Veja:

Lula também comentou uma declaração do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que criticou o Brasil e a China por uma possível proposta de paz para a guerra entre Ucrânia e Rússia. “Ele [Zelensky] tem que ser contra ocupação territorial, obrigação dele. O que ele não está conseguindo fazer é a paz. O que nós estamos propondo não é fazer a paz por eles. O que estamos é chamando atenção para que eles levem em consideração que somente a paz vai garantir que Ucrânia sobreviva enquanto país soberano. E a Rússia sobreviva. É isso que estamos falando”, esclareceu Lula.

“Eles não precisam aceitar a proposta da China e Brasil porque não tem proposta. Tem uma tese de que é importante começar a conversar. Ele [Zelensky], se fosse esperto, diria que a solução é diplomática, não militar. Isso depende de capacidade de sentar e conversar. Ouvir o contrário e tentar chegar num acordo.”

COP

O chefe do Executivo brasileiro pregou paciência sobre a escolha do presidente da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 25), que deve acontecer em novembro de 2025, em Manaus, Amazonas. “Eu tenho tempo pra anunciar a presidência da COP. Eu vou pra Baku participar da COP29. De lá, eu saio com a presidência da COP 2025 e aí eu vou no Brasil escolher quem vai ser presidente da COP”, disse Lula.

Acordo

Questionado sobre o acordo entre UE-Mercosul Lula frisou que a organização sul-americana está pronta para a assinatura do termo.

“Eu nunca estive tão otimista com o acordo UE-Mercosul. Eu disse à Úrsula que o Brasil está pronto para assinar o acordo. Que agora a responsabilidade é toda da UE e não do Brasil. Se jogava a culpa no Mercosul, nós estamos prontos. Ainda disse pra ela: se vocês se prepararem, nós poderemos assinar durante a reunião do G20. Ou, quem sabe, uma reunião com champanhe na sede da UE. Estamos prontos e acho que vai sair o acordo. E nós precisamos que saia o acordo porque temos muito outros a fazer.”

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