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Após novos bombardeios, Ucrânia amanhece contando prejuízos e mortos

Governo ucraniano diz que civis, incluindo mulheres e crianças, foram mortos em Slobozhanske e Okhtirka

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Forças Armadas da Ucrânia/Divulgação
guerra na ucrânia, Kharkiv
1 de 1 guerra na ucrânia, Kharkiv - Foto: Forças Armadas da Ucrânia/Divulgação

Autoridades das forças armadas ucranianas estão avaliando a noite de quarta (9/3) para quinta (10/3) como a mais violenta dos últimos dias. A Ucrânia tem fuso de cinco horas a mais que o Brasil e esta manhã está sendo de notícias sobre o tamanho dos estragos causados por novos ataques aéreos.

A guerra chega nesta quinta a seu 15º dia, com saldo de milhares de mortos, mais de dois milhões de refugiados e prejuízos bilionários para os dois lados.

Em Okhtyrka, no nordeste do país, na região de Sumy, autoridades locais reportam a morte de três pessoas, uma criança de 13 anos e duas mulheres, após um edifício residencial ser atingido por um projétil.

Outras cinco pessoas, duas delas crianças, teriam sido resgatadas com vida, informou Dmytro Zhyvytsky, chefe da administração da região de Sumy.

Veja um vídeo da manhã de quinta na cidade que está circulando entre os meios de comunicação ucranianos:

Há relatos de ataques aéreos em outra cidade da região de Sumy, Bytytsya, na última noite, mas ainda não há informações sobre vítimas.

Já em Slobozhanske (imagem em destaque), na região de Kharkiv, quatro pessoas foram mortas na madrugada, também vítimas de bombardeios: duas crianças e duas mulheres. A informação também é da administração local, que relatou ainda que as vítimas eram da mesma família e que houve uma sobrevivente, uma menina de 5 anos, que está hospitalizada. Veja postagem das autoridades locais:

Contra-ataque

As forças armadas ucranianas também divulgam notícias sobre ataques contra os russos na madrugada desta quinta. Em Borodyanka, nas imediações de Kiev, por exemplo, os ucranianos dizem ter destruído cinco tanques russos essa noite.

“A noite foi bastante difícil, mas em geral podemos dizer que o exército ucraniano resistiu perto de Kiev. Destruímos cinco tanques. Pela manhã, havia batalhas de artilharia em Kiev, na periferia oeste”, disse Vadym Denysenko, assessor do governo federal.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

Kutay Tanir/Getty Images
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

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