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Após noite “tranquila” na Ucrânia, Rússia promete novo cessar-fogo

Evacuação de civis de cidades arrasadas pela guerra prossegue nesta quarta, apesar da troca de acusações entre russos e ucranianos

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Idosa envolta em cobertores é ajudada por homem na cidade de Irpin, na Ucrânia, em abrigo de refugiados - Metrópoles
1 de 1 Idosa envolta em cobertores é ajudada por homem na cidade de Irpin, na Ucrânia, em abrigo de refugiados - Metrópoles - Foto: Andriy Dubchak/dia images via Getty Images

Sirenes alertando para bombardeios aéreos soaram na capital, Kiev, e em outras cidades ucranianas na madrugada de terça (8/3) para quarta (9/3). Apesar disso, um conselheiro do ministro de Assuntos Internos da Ucrânia, Vadym Denysenko, disse para a mídia local que a noite foi “relativamente calma” se comparada com as anteriores, quando foram registrados diversos ataques no país.

Ainda segundo Denysenko, o combate aos invasores russos foi mais intenso em Kharkiv. Autoridades e testemunhas também relataram, nas redes sociais, alertas de bombardeios em Kiev, Zhytomyr, Chernihiv, Vasylkiv e Vinnytsia.

Segundo o Ministério de Assuntos Internos, como resultado de um ataque aéreo inimigo em Malyn, região de Zhytomyr, cinco pessoas foram mortas, duas delas crianças recém-nascidas. Também em Kharkiv, mas na aldeia de Dinets, um míssil atingiu um edifício residencial durante um ataque aéreo, matando duas pessoas.

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Os corredores são zonas desmilitarizadas, ou seja, não são ocupadas por forças militares e funcionam como uma forma de acesso legal dos civis a áreas fora da guerra
A Organização das Nações Unidas (ONU) considera os corredores humanitários uma das formas possíveis de uma pausa temporária em um conflito armado
Os corredores são necessários quando as cidades estão sitiadas e a população está sem suprimentos básicos de alimentos, eletricidade e água. Para funcionar, todas as partes envolvidas no conflito concordam com a pausa temporária
Na maioria dos casos, os corredores humanitários são negociados pela ONU. Às vezes, eles também são criados por grupos locais
Eles podem ser usados também ​​para contrabandear armas e combustível para cidades sitiadas. Por outro lado, observadores da ONU, ONGs e jornalistas os utilizam para obter acesso a áreas contestadas
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Diante do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, o termo "corredores humanitários" tem sido utilizado no noticiário internacional para se referir à retirada de civis da área de conflito e para o fornecimento de suprimentos para as regiões ucranianas dominadas por tropas russas

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Os corredores são zonas desmilitarizadas, ou seja, não são ocupadas por forças militares e funcionam como uma forma de acesso legal dos civis a áreas fora da guerra

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A Organização das Nações Unidas (ONU) considera os corredores humanitários uma das formas possíveis de uma pausa temporária em um conflito armado

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Os corredores são necessários quando as cidades estão sitiadas e a população está sem suprimentos básicos de alimentos, eletricidade e água. Para funcionar, todas as partes envolvidas no conflito concordam com a pausa temporária

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Na maioria dos casos, os corredores humanitários são negociados pela ONU. Às vezes, eles também são criados por grupos locais

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Eles podem ser usados também ​​para contrabandear armas e combustível para cidades sitiadas. Por outro lado, observadores da ONU, ONGs e jornalistas os utilizam para obter acesso a áreas contestadas

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O acesso aos corredores humanitários é determinado pelas partes em conflito. Geralmente, é limitado a atores neutros, à ONU ou a organizações de ajuda como a Cruz Vermelha

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Eles também determinam o tempo, a área e quais meios de transporte – caminhões, ônibus ou aviões – podem usar o corredor

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Corredores humanitários foram criados desde meados do século 20. Durante o chamado "Kindertransport", de 1938 a 1939, crianças judias foram evacuadas para o Reino Unido de áreas sob controle nazista

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Corredores humanitários também foram criados durante o cerco a Sarajevo, na Bósnia, entre 1992 e 1995, e para a evacuação da cidade de Ghouta, na Síria, em 2018

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Em casos raros, as zonas são organizadas apenas por uma das partes em conflito. Isso aconteceu com o transporte aéreo americano após o bloqueio de Berlim pela União Soviética, de 1948 a 1949

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Nova proposta de cessar-fogo

Com a guerra chegando ao 14º dia nesta quarta, muitas cidades ucranianas já padecem da falta de itens fundamentais, como comida, água e gás para aquecimento. Desde o fim de semana, discussões sobre evacuação de civis e abertura de corredores humanitários se tornaram uma agenda prioritária na guerra.

Nesta quarta, a Rússia propôs à Ucrânia a manutenção de zonas de cessar-fogo humanitário em Kiev, Chernigov, Sumy, Kharkiv e Mariupol a partir de 9h no horário local.

A Ucrânia, porém, reagiu de maneira cética. “É difícil confiar no invasor”, diz um comunicado das forças armadas da Ucrânia divulgado já na manhã desta quarta (são cinco horas a mais que Brasília).

Os ucranianos acusam os russos de diversos descumprimentos do cessar-fogo nos últimos dias, como um bombardeio ao trajeto entre Mariupol e Zaporozhye.

Na tarde desta terça, a Ucrânia avaliou que a retirada de civis da cidade de Mariupol “fracassou novamente“. A Rússia havia concordado manter uma zona de fuga na região, mas o governo ucraniano informou que bombas foram jogadas na rota dos ônibus que transportavam refugiados, comida e remédios.

Em Sumy, pelo menos cinco mil civis conseguiram ser retirados, mas os ucranianos relataram um bombardeio que resultou em mortes de refugiados.

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