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Após Lula, Maduro volta a subir o tom sobre Guiana: “Vontade soberana”

Após citar diálogo para resolver a questão com a Guiana, Maduro voltou a subir o tom sobre a disputa e reivindicou o território de Essequibo

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1 de 1 imagem colorido do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Após conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mais cedo neste sábado (9/12), o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, amenizou o tom nas falas sobre a Guiana. Duas horas depois, no entanto, ele seguiu reivindicando o território de Essequibo. “Não poderão ignorar a vontade soberana da Venezuela!”, escreveu no X, antigo Twitter. O local é disputado há décadas pelos dois países, tem 160 mil km² e concentra reservas de petróleo.

Nas redes sociais, ele chamou a Guiana de “Guiana Essequiba” e, partindo do pressuposto de que o território pertence à Venezuela, alegou que houve a “divisão do mar” e uma ameaça de construção de base militar dos Estados Unidos.

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Mapa da região em disputa entre Venezuela e Guiana
Mapa da Venezuela com a anexação de território da Guiana
A posição oficial do Itamaraty é de busca por uma solução negociada e pacífica para o caso
O presidente da Guiana, Irfaan Ali
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Maduro mostra mapa da Venezuela com indexação de parte da Guiana que será distribuído em escolas

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Mapa da região em disputa entre Venezuela e Guiana

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Mariela Lopez/Anadolu via Getty Images
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Mapa da Venezuela com a anexação de território da Guiana

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A posição oficial do Itamaraty é de busca por uma solução negociada e pacífica para o caso

Projeto Comprova
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O presidente da Guiana, Irfaan Ali

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chefe da Força de Defesa da Guiana, o brigadeiro Omar Khan.

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Maduro ainda citou o Comando Sul dos EUA, dias após a mesma divisão do Exército norte-americano anunciar operações militares na Guiana. O anúncio das operações militares dos EUA ocorreu em meio aos desentendimentos entre a Venezuela e a Guiana pela região de Essequibo.

“Optamos pelo diálogo direto com a Guiana, mas as suas autoridades revogaram o Acordo de Genebra e começaram a dividir o nosso mar, ameaçando construir uma base militar para o Comando Sul dos EUA”, publicou Maduro nas redes sociais.

“Não contavam com a nossa astúcia, o povo saiu em defesa da Guiana Essequiba. Não poderão ignorar a vontade soberana da Venezuela!”, completou, na rede social X.

O Kremlin confirmou a viagem de Maduro à Russia, e a expectativa é de que ela ocorra neste domingo (10/12) ou na segunda-feira (11/12). O objetivo seria recorrer ao presidente russo, Vladimir Putin, o que ocorre após o anúncio da operação dos EUA na Guiana.

Apesar não haver um aparente interesse russo em uma guerra na América do Sul, a posição do conflito poderia explorar a reação dos Estados Unidos, que prestam apoio oficial à Guiana. Existe, ainda, uma chance minúscula de o Brasil se envolver no conflito, caso Maduro opte por usar Roraima para cercar a Guiana.

O aumento da tensão entre Venezuela e Guiana na disputa pela região do Essequibo tem deixado autoridades brasileiras em alerta para uma possível evolução do conflito. A diplomacia adota uma posição mais conciliadora enquanto, na fronteira, militares reforçam o efetivo.

Entenda a disputa

A região é disputada devido à grande quantidade de petróleo. Estima-se que haja potencial para 11 bilhões de barris do combustível fóssil, além de gás natural.

A descoberta da ExxonMobil no bloco de exploração Stabroek, localizado no offshore — ramo empresarial exterior em países com vantagens fiscais — guianês pode gerar 1,2 milhão de barris por dia até 2027.

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