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Após impasses, COP29 aprova US$ 300 bi para financiamento climático

Montante ficou acima da proposta inicial, de US$ 250 bilhões, mas bem abaixo dos US$ 1,3 trilhão defendido por países em desenvolvimento

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Imagem colorida de letreiro da COP29 em Baku, capital do Azerbaijão - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de letreiro da COP29 em Baku, capital do Azerbaijão - Metrópoles - Foto: Aziz Karimov/Getty Images

Depois de atrasar em um dia a conclusão do acordo e da suspensão temporária das negociações, a COP 29, conferência do clima da ONU que reúne quase 200 países, fechou um acordo sobre o texto que vai resumir as negociações climáticas. O valor ficou em US$ 300 bilhões anuais.

A decisão foi tomada já na madrugada de domingo (24/11) em Baku, no Azerbaijão, noite deste sábado (23/11) no horário de Brasília.

O montante ficou acima da proposta inicial, de US$ 250 bilhões, mas bem abaixo do US$ 1,3 trilhão defendido por países em desenvolvimento. Apesar de não ser o valor desejado, a aprovação de recursos dos países ricos para o combate às mudanças climáticas evitou que o evento terminasse como um fracasso.

O plano era que a COP29 tivesse sido encerrada na sexta-feira (22/11), mas a convenção precisou ser prolongada até que as negociações fossem concluídas.

Neste sábado (23/11), delegações de estados insulares e de países em desenvolvimento abandonaram uma reunião de negociação por considerar inicialmente que a proposta inicial não considerava as reais necessidades dos países mais vulneráveis.

Depois da aprovação do financiamento, o presidente da COP29, Mukhtar Babayev, disse que as pessoas duvidaram que seria possível aprovar algum valor.

“A Meta Financeira de Baku representa o melhor acordo possível que poderíamos alcançar. Em um ano de fragmentação geopolítica, as pessoas duvidaram que o Azerbaijão pudesse entregar. Elas duvidaram que todos pudessem concordar. Elas estavam erradas em ambas as contas”, declarou.

Já o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse que esperava um valor e uma meta mais ambiciosa para combater a crise climática, mas reconheceu que o acordo serve como base do que se almeja daqui para frente.

“Eu esperava um resultado mais ambicioso – tanto em termos de finanças quanto de mitigação – para atender à escala do grande desafio que enfrentamos, mas o acordo alcançado fornece uma base sobre a qual construir. Deve ser honrado integralmente e dentro do prazo. Apelo aos governos para que o façam com urgência”, disse Guterres na rede social X.

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