metropoles.com

Após fracassos, russos e ucranianos tentam acordo de paz pela 5ª vez

A negociação de um cessar-fogo será retomada após o encontro dessa segunda-feira (14/3) acabar com uma “pausa técnica”

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução governo de Belarus/Twitter/@belarusMFA
Bandeiras russia e ucrania
1 de 1 Bandeiras russia e ucrania - Foto: Reprodução governo de Belarus/Twitter/@belarusMFA

O mundo espera atento e horrorizado com a guerra um acordo russo-ucraniano para cessar-fogo no conflito no Leste Europeu. A invasão completa 20 dias nesta terça-feira (15/3) com incontáveis prejuízos materiais e imateriais para todo o planeta.

Representantes dos presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, voltam a debater condições para a paz entre os países, mesmo que momentaneamente.

Clique aqui e veja a cobertura completa da guerra na Ucrânia. 

A negociação de um cessar-fogo será retomada após o encontro de segunda-feira (14/3) acabar com uma “pausa técnica”. Um formalismo que significa falta de concordância político-diplomática.

O conselheiro do presidente ucraniano, Mykhailo Podoliak, afirmou que os países precisaram de mais para pra o “esclarecimento de definições individuais” e “trabalho adicional nos subgrupos”. Detalhes não foram divulgados. As conversas foram classificadas como “difíceis” pelo presidente ucraniano.

Enquanto o impasse entre Rússia e Ucrânia não tem fim, cidades são dizimadas. Civis entram na mira de tanques. O mundo teme um colapso financeiro. Uma severa crise humanitária se avoluma.

Efeitos

Os russos têm sofrido sanções econômicas históricas. A pena aplicada “no bolso”, contudo, ainda não surtiu efeito, e Putin não mostra disposição para recuar. Ele vai além, e o uso de armas nucleares e químicas entrou no radar da Organização das Nações Unidas (ONU) como uma possibilidade real.

Na segunda-feira, mais um dia de intenso bombardeio na Ucrânia, uma torre de TV foi alvejada em Rivne. Um aeródromo e uma área residencial também foram atacados.

13 imagens
A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
1 de 13

A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
2 de 13

A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
3 de 13

A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
4 de 13

Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
5 de 13

Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
6 de 13

Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
7 de 13

A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

Kutay Tanir/Getty Images
8 de 13

Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
9 de 13

Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
10 de 13

Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
11 de 13

Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

Will & Deni McIntyre/ Getty Images
12 de 13

O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
13 de 13

Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a prometer apoio à Ucrânia, e garantiu que o país seguirá garantindo armas, dinheiro e comida para os ucranianos. Na mesma ocasião, atacou o presidente russo, Vladimir Putin, chamando-o de “autocrata” e “aspirante a imperador”.

Volodymyr Zelensky fará um discurso ao Congresso dos Estados Unidos, em sessão conjunta, na próxima quarta-feira (16/3). É raro que um líder estrangeiro tenha a possibilidade de falar diretamente aos parlamentares norte-americanos.

Desde o início da invasão, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), agência de refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU), 2,5 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia. O número pode mais do que dobrar.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?