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- Foto: Reprodução governo de Belarus/Twitter/@belarusMFA
O mundo espera atento e horrorizado com a guerra um acordo russo-ucraniano para cessar-fogo no conflito no Leste Europeu. A invasão completa 20 dias nesta terça-feira (15/3) com incontáveis prejuízos materiais e imateriais para todo o planeta.
Representantes dos presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, voltam a debater condições para a paz entre os países, mesmo que momentaneamente.
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O conselheiro do presidente ucraniano, Mykhailo Podoliak, afirmou que os países precisaram de mais para pra o “esclarecimento de definições individuais” e “trabalho adicional nos subgrupos”. Detalhes não foram divulgados. As conversas foram classificadas como “difíceis” pelo presidente ucraniano.
Enquanto o impasse entre Rússia e Ucrânia não tem fim, cidades são dizimadas. Civis entram na mira de tanques. O mundo teme um colapso financeiro. Uma severa crise humanitária se avoluma.
Efeitos
Os russos têm sofrido sanções econômicas históricas. A pena aplicada “no bolso”, contudo, ainda não surtiu efeito, e Putin não mostra disposição para recuar. Ele vai além, e o uso de armas nucleares e químicas entrou no radar da Organização das Nações Unidas (ONU) como uma possibilidade real.
Na segunda-feira, mais um dia de intenso bombardeio na Ucrânia, uma torre de TV foi alvejada em Rivne. Um aeródromo e uma área residencial também foram atacados.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
Kutay Tanir/Getty Images
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
Will & Deni McIntyre/ Getty Images
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
Vinícius Schmidt/Metrópoles
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a prometer apoio à Ucrânia, e garantiu que o país seguirá garantindo armas, dinheiro e comida para os ucranianos. Na mesma ocasião, atacou o presidente russo, Vladimir Putin, chamando-o de “autocrata” e “aspirante a imperador”.
Volodymyr Zelensky fará um discurso ao Congresso dos Estados Unidos, em sessão conjunta, na próxima quarta-feira (16/3). É raro que um líder estrangeiro tenha a possibilidade de falar diretamente aos parlamentares norte-americanos.
Desde o início da invasão, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), agência de refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU), 2,5 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia. O número pode mais do que dobrar.
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