Após erupção, Tonga pode permanecer incomunicável por quatro semanas
Cabo submarino essencial para o funcionamento de meios de comunicação se quebrou após erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Haa’pai
atualizado
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Em Tonga, um cabo submarino necessário para o funcionamento dos meios de comunicação locais foi destruído pela erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Haa’pai e o reparo pode levar até quatro semanas para ser concluído.
O Ministério das Relações Exteriores da Nova Zelândia confirmou a informação nesta quarta-feira (19/1). O comunicado esclareceu que esse foi o prazo estabelecido pela empresa norte-americana responsável pelo serviço, a SubCom.
Desde o dia 15 de janeiro, só é possível se comunicar com o país por meio de telefones via satélite, que são mantidos principalmente por embaixadas estrangeiras na capital. A empresa de telecomunicações Digicel deve auxiliar com uma conexão 2G temporária na região, mas com capacidade de apenas 10% do habitual, priorizando comunicações de voz e SMS.
Até o momento, quatro mortes foram confirmadas em decorrência do desastre, informou o primeiro-ministro, Siaosi Sovaleni. O premiê destacou que o governo ainda não conseguiu contatar todas as ilhas habitadas, então existe a possibilidade da descoberta de mais óbitos.
Imagens de satélites mostram que as ilhas Mango e Fonoifua foram quase totalmente destruídas após a explosão que provocou um tsunami com ondas de 15 metros. Em mango, onde vivem cerca de 50 pessoas, nenhuma habitação ficou intacta, e apenas duas casas estão de pé em Fonoifua.
Diversos voluntários se juntaram para varrer a pista do aeroporto principal para possibilitar a entrada de aviões trazendo água potável e suprimentos ao país. Um representante da Organização das Nações Unidas (ONU) disse à BBC que um bom progresso foi feito na remoção das cinzas, apesar da dificuldade. Ele espera que os voos “sejam retomados em breve”.