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Após críticas de Macron, reunião com Bolsonaro é cancelada

Cancelamento ocorre um dia depois de o líder francês ameaçar barrar tratado Mercosul-União Europeia se o Brasil deixar o Acordo de Paris

atualizado

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Alan Santos/PR
27/06/2019 Hotel St. Regis Osaka
1 de 1 27/06/2019 Hotel St. Regis Osaka - Foto: Alan Santos/PR

A reunião bilateral prevista entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente francês, Emmanuel Macron, acaba de ser cancelada, segundo divulgou a assessoria de imprensa do Itamaraty, em Osaka, no Japão, onde acontece a reunião de cúpula dos países do G-20.

O cancelamento ocorre no dia seguinte a uma entrevista do dirigente francês em que ele afirmou que se o Brasil sair do Acordo de Paris sobre o clima, a França não assinará o acordo de livre comércio que está sendo negociado entre o Mercosul e a União Europeia. Se formalizado, o acordo criaria uma área de livre comércio com mais de 770 milhões de consumidores. Macron também criticou o uso de agrotóxicos na agricultura brasileira.

Cobrança europeia

Bolsonaro estreou na cúpula do G-20 sob intensa pressão de governos europeus por posturas que tem adotado na área ambiental e reagiu com irritação. Ontem, ele foi ríspido ao comentar para a imprensa brasileira as declarações da primeira-ministra alemã, Angela Merkel, sobre o mesmo tema. Ao falar com parlamentares do seu país, Merkel disse que está preocupada com o desmatamento no Brasil e que gostaria de ter uma conversa “clara” com o presidente brasileiro a respeito. Ela destacou, porém, que os problemas ambientais no Brasil não põem em risco a eventual assinatura do acordo.

Bolsonaro respondeu que não veio ao G-20 para ser advertido por nenhum outro país.

“Nós temos exemplo pra dar pra Alemanha sobre meio ambiente. A indústria deles continua sendo fóssil, em grande parte, de carvão, e a nossa, não. Então, eles têm a aprender muito conosco. O presidente do Brasil que está aqui não é como alguns anteriores, (que) vieram aqui pra ser advertidos por outros países, não. A situação aqui é de respeito para com o Brasil. Não aceitaremos tratamento, como no passado, que alguns chefes de estado tiveram aqui”, declarou Bolsonaro, sem explicar a que presidentes anteriores do Brasil estava se referindo.

Na “live” que faz toda quinta-feira, ele voltou ao assunto, dizendo que não vai levar “pito” de ninguém sobre assuntos internos do Brasil.

Com Trump

Na tarde desta sexta-feira, em Osaka, Bolsonaro terá uma reunião bilateral com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele disse que a pauta com o presidente americano é “reservada”, mas há a expectativa de que tratem da entrada do Brasil na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

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